Ator Peter Greene, conhecido por vilões em filmes dos anos 1990, foi encontrado morto aos 60 anos em seu apartamento no Lower East Side, Nova York. Dias antes, havia feito uma ligação com seu empresário. A polícia não suspeita de homicídio; a causa da morte será determinada pelo legista.
Dias antes de ser encontrado morto, Peter Greene fez uma ligação que pode ter sido a última de sua vida. O ator, conhecido por interpretar vilões nos anos 1990, foi achado em seu apartamento no Lower East Side, em Nova York, aos 60 anos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (12). O empresário do artista revelou detalhes sobre como o corpo foi encontrado, além de mencionar um bilhete escrito à mão.
Na quarta-feira (10), Greene conversou com seu agente, Gregg Edwards. “Essa foi a última vez que falei com ele”, contou Edwards ao New York Post. Na mesma ocasião, vizinhos relataram que uma sequência de músicas de Natal começou a tocar alto na casa do ator.
De acordo com o New York Daily News, Greene foi encontrado “de bruços e todo ensanguentado” quando a polícia chegou. “Peter estava deitado no chão, de bruços, com ferimentos no rosto e sangue por toda parte”, relatou o empresário ao veículo norte-americano. A publicação também mencionou um bilhete escrito à mão pelo artista.
Os dois amigos, que mantinham uma relação de trabalho de mais de dez anos, trocavam palavras de incentivo antes de passarem por cirurgias. Greene estava prestes a retirar um tumor benigno próximo ao pulmão, e Edwards tinha uma cirurgia de hérnia marcada.
“Ele parecia bem… Foi apenas uma conversa totalmente normal. Ele estava um pouco nervoso com a operação, mas disse que não era nada muito sério. Ele falava sobre isso e esperava que eu ficaria bem, me desejando sorte assim como eu desejava a ele. Somos bons amigos. Eu amo o cara… Fomos amigos por mais de uma década”, declarou Edwards.
Pouco tempo depois da ligação, a música de Natal continuou alta até que um vizinho solicitou uma checagem. Por volta das 15h25 de sexta (12), um chaveiro encontrou Greene sem vida em seu apartamento. A polícia não suspeita de homicídio, e a causa da morte será confirmada pelo médico legista.
No momento de sua morte, Greene estava envolvido em vários projetos. Entre eles, o documentário “From the American People: The Withdrawal of USAID”, dirigido por Edwards, sobre a administração Trump nos Estados Unidos. Greene ainda não havia gravado nenhuma narração para o projeto, que também contaria com Jason Alexander, Kathleen Turner e o jornalista Nicholas Kristof.

O ator também se preparava para filmar “Mascots”, um thriller independente com Mickey Rourke, previsto para começar em janeiro de 2026. “Ele era um homem incrível. O melhor de todos”, disse uma vizinha, que preferiu não se identificar.
Mary Patierno, que estava hospedada com uma amiga próxima, descreveu a morte de Greene como “bastante devastadora para todos no prédio”. Ela relembrou momentos em que o ator ajudava vizinhos com encomendas e cuidava de animais. “Quando contei para meus amigos, eles ficaram tipo: ‘Oh, meu Deus, ele nos ajudava com as encomendas, carregava coisas, cuidava do nosso cachorro, era um cara realmente bom’. Ele era tão gentil. Tão prestativo. Li alguns relatos esta manhã que diziam que ele era difícil de lidar, eu não achei. Essa não era a minha percepção dele”, disse Patierno.
Conhecido por interpretar personagens sombrios, Greene tinha 60 anos e ganhou fama ao viver Zed em “Pulp Fiction” e o vilão Dorian em “O Máskara”. Ele também atuou em filmes como “Clean”, “Shaven”, “Os Suspeitos” e “Dia de Treinamento”. O artista deixa uma irmã e um irmão.
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