RIO — A Petrobras anunciou a criação de uma joint venture com a LightSource bp no Brasil em que a estatal vai assumir 49,99% das subsidiárias do braço de renováveis da bp.
Segundo comunicado divulgado na terça-feira (16/12), o acordo “tem como objetivo desenvolver projetos rentáveis de energia renovável e aumentar a presença da Petrobras e da Lightsource bp entre os principais players do setor de energia renovável brasileiro”.
Hoje, a Lightsource tem entre 1 e 1,5 GW de renováveis em estágio mais avançado de desenvolvimento, além de outros projetos menos maduros no Brasil.
Em operação, o único projeto é a a usina solar fotovoltaica de Milagres, em Abaiara, Ceará, com 212 megawatt-pico (MWp) de capacidade instalada.
O fechamento do negócio com a bp está sujeito às aprovações pertinentes, incluindo as dos órgãos reguladores competentes.
Segundo a Petrobras, a parceria vai permitir com que a empresa. tenha uma atuação mais ampla no segmento de geração renovável.
A estatal já vem desenvolvendo projetos de plantas solares em suas unidades de refino. Atualmente, a companhia tem a intenção de instalar 56 MW até 2027, sendo que 10 MW já estão instalados na Regap.
No anúncio do Plano de Negócios 2026-2030 no mês passado, executivos da Petrobras afirmaram que priorizariam bioprodutos no lugar de geração eólica e solar, pelo menos até o final da década, devido aos cortes de geração renovável (curtailment), que traziam incertezas quanto à rentabilidade de investimentos em novos parques.
Na gestão anterior, o ex-presidente da estatal, Jean Paul Prates, chegou a anunciar a intenção de adquirir adquirir 2 GW de ativos de eólica e solar em terra, fechando parcerias com desenvolvedores mais experientes nesses negócios. A ideia era defendida também pelo ex-diretor de Transição Energética da empresa, Mauricio Tolmasquim.
