00:00
A+
A-
- FMI projeta que países da África, Guiana e Butão liderarão o crescimento do PIB em 2026.
- Guiana deve ter o maior crescimento (23%) impulsionado pela produção de petróleo, seguida pelo Sudão do Sul (22,4%).
- Economias africanas como Guiné, Sudão, Uganda, Ruanda, Benim e Níger também terão crescimento expressivo.
As projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2026 indicam que as economias com maior taxa de crescimento no mundo estarão concentradas majoritariamente na África, além de países pontuais da América do Sul e da Ásia. Os dados constam do relatório World Economic Outlook de outubro de 2025 e apontam para uma redistribuição geográfica do dinamismo econômico global.
De acordo com o ranking do FMI, sete dos dez países com maior expansão percentual do Produto Interno Bruto (PIB) projetada para 2026 estão no continente africano. A lista é liderada pela Guiana, na América do Sul, seguida por países da África Oriental, do Chifre da África e da África Ocidental, além de um representante do Sul da Ásia.
A Guiana aparece como a economia de crescimento mais rápido do mundo, com projeção de alta de 23%. O desempenho está associado ao aumento acelerado da produção de petróleo em águas profundas, que transformou o país em um dos principais novos polos energéticos do continente sul-americano.
Na segunda posição, o Sudão do Sul tem crescimento estimado em 22,4%. A expansão ocorre após anos de retração econômica, influenciada por conflitos regionais e instabilidade política, e está fortemente vinculada ao setor petrolífero.
A Guiné ocupa o terceiro lugar, com projeção de crescimento de 10,5%. A economia do país é impulsionada principalmente pela mineração, com destaque para a bauxita, além de investimentos em infraestrutura. O Sudão aparece em seguida, com estimativa de 9,5%, reflexo de uma base econômica reduzida após anos de crise, embora atividades agrícolas e minerais sigam operando.
Uganda e Ruanda figuram na quinta e sexta posições, com crescimentos projetados de 7,6% e 7,5%, respectivamente. Uganda tem atraído investimentos nos setores de energia, infraestrutura e petróleo, enquanto Ruanda mantém expansão sustentada por serviços, turismo e projetos urbanos.
O Butão surge em sétimo lugar, com crescimento de 7,4%, apoiado sobretudo na geração de energia hidrelétrica e no setor de serviços. A Etiópia aparece logo após, com 7,1%, sustentada por investimentos estatais em industrialização e infraestrutura.
Completam o ranking Benim e Níger, ambos com projeção de crescimento de 6,7%. O desempenho do Benim está ligado ao comércio regional, logística e atividades portuárias, enquanto o Níger apresenta expansão baseada na mineração, na agricultura e em projetos energéticos.
Segundo o FMI, o conjunto desses dados reforça o peso crescente de economias emergentes no ritmo de crescimento global, especialmente no continente africano.
