A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Castelo, concluiu, nessa quarta-feira (03), o inquérito policial sobre a agressão ocorrida no dia 24 de novembro na Avenida Nossa Senhora da Penha, no Centro de Castelo. O indiciado, de 32 anos, responderá por tentativa de feminicídio contra sua companheira, de 33 anos.
A vítima, que vive em situação de rua com o agressor, foi atacada em via pública com golpes de uma frigideira na cabeça, além de socos e chutes. Ela permanece internada em estado gravíssimo na Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim, entubada e com traumatismo craniano.
Segundo o titular da Delegacia de Polícia (DP) de Castelo, delegado Estêvão Oggione Leite, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva graças à robustez das provas colhidas. Em seu interrogatório, o investigado tentou alegar que havia apenas dado uma “rasteira” na vítima durante uma discussão. Contudo, a equipe de investigação obteve imagens de videomonitoramento e depoimentos de testemunhas que provaram o dolo de matar.
“Conseguimos imagens que mostram o momento exato, às 22h40, em que o autor persegue a vítima e desfere um soco na nuca dela. Testemunhas oculares confirmaram que ele a golpeou repetidamente com a frigideira enquanto ela já estava caída, sem chance de defesa”, explicou o delegado.
A frigideira utilizada no crime foi apreendida pela perícia completamente amassada, evidenciando a força desproporcional dos golpes. O investigado já possuía passagens pela polícia, incluindo tentativa de homicídio anterior e violência doméstica. No momento da prisão, ele chegou a simular desmaios para dificultar a condução e ameaçou a equipe policial dizendo: “Quando eu sair, eu vou pegar vocês”.
Com a conclusão do inquérito, o investigado foi indiciado no artigo 121, § 2º-A, inciso I (feminicídio), combinado com o artigo 14, inciso II (tentativa), ambos do Código Penal. Ele permanece preso à disposição da Justiça.
“A Polícia Civil reforça que a rápida atuação, somada à colaboração da população e ao uso de tecnologia, foi fundamental para garantir que o autor permaneça encarcerado, garantindo a ordem pública”, completou o delegado Estevão Oggione Leite.
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