Operação Unha e Carne 2 investiga vínculos entre agentes públicos e o Comando Vermelho; ex-presidente da Alerj também foi detido
A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira (16) o desembargador Macário Judice Neto, relator no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro do processo envolvendo o ex-deputado Thiego Raimundo dos Santos, conhecido como TH Joias, preso em setembro por suposta ligação com o Comando Vermelho.
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A prisão preventiva foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal no âmbito da Operação Unha e Carne 2, que investiga o vazamento de informações sigilosas de investigações policiais para integrantes da facção criminosa. Na mesma operação, foi preso na quarta-feira (17) o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, acusado de alertar alvos sobre ações da PF.
A investigação se baseia em decisão do STF no julgamento da ADPF das Favelas, que determinou à Polícia Federal a apuração da atuação de grupos criminosos violentos e suas conexões com agentes públicos no estado.
Além da prisão do desembargador, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. A PF investiga uma possível rede de proteção dentro do sistema de justiça e do legislativo estadual.
A mulher de Macário, Flávia Ferraço Judice, que trabalhava no gabinete da diretoria-geral da Alerj, pediu exoneração do cargo em 6 de novembro, segundo a assembleia. Em outubro, seu rendimento líquido foi de R$ 8,2 mil. A Alerj informou que o pedido foi feito de forma espontânea.
Thiego Raimundo dos Santos, o TH Joias, é acusado pelo Ministério Público Federal de integrar o núcleo político do Comando Vermelho. A investigação aponta que o ex-presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, teria alertado o ex-parlamentar sobre a operação de setembro, obstruindo o trabalho da PF.
