REDAÇÃO G5
Um policial civil e outros dois homens foram presos em flagrante na noite de terça-feira (4) após um roubo a uma residência em Mauá, na região metropolitana de São Paulo. Segundo a Polícia Militar, o trio foi detido após uma perseguição e indicou, no momento da abordagem, que estaria em serviço, o que não se confirmou posteriormente.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram os suspeitos armados invadindo a casa e rendendo os moradores. A ação ocorreu por volta das 21h e envolveu violência e ameaça. No vídeo, é possível ver três homens utilizando roupas escuras e toucas tipo ninja, entrando rapidamente na residência e saindo cerca de dez minutos depois levando objetos.
De acordo com a PM, o chamado foi feito logo após a fuga dos assaltantes em um carro branco. Ao avistar a viatura, o grupo iniciou uma tentativa de fuga, que terminou poucos minutos depois, quando os três desembarcaram do veículo e se identificaram como policiais civis. O homem que de fato pertence à corporação alegou estar em diligência investigando um caso de tráfico de animais silvestres, mas não apresentou nenhuma documentação oficial da unidade que justificasse a ação.
Durante a abordagem, os policiais militares encontraram com o trio uma pistola com brasão da Polícia Civil do Estado de São Paulo, que teria sido usada no roubo. Ao refazer o trajeto da perseguição, os agentes localizaram ainda um revólver calibre .38 com cinco munições e a numeração raspada, jogado às margens de uma via.
O veículo utilizado pelo grupo também levantou suspeitas: a placa era de outro carro, e a original foi encontrada no porta-malas. No interior do automóvel havia uma série de itens possivelmente provenientes do roubo, incluindo um televisor, binóculo, dois celulares — um deles pertencente à vítima —, além de objetos ligados à corporação, como algemas, uma mochila com distintivo da Polícia Civil, uma jaqueta da polícia e bonés. Também foram apreendidas toucas tipo ninja e uma caixa identificada com o nome e o endereço de uma das vítimas, que teria servido de disfarce para simular uma entrega de medicamentos no momento do crime.
Os três suspeitos foram levados ao 1º Distrito Policial de Mauá, onde as vítimas reconheceram os autores. Posteriormente, o caso foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil, responsável por apurar a participação do agente público. O trio permanece preso.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que “não compactua com qualquer desvio de conduta” e que pune com rigor todos os agentes que infringem a lei. O caso foi registrado como roubo e porte ilegal de arma de fogo.
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