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Um novo modelo operacional de drone de guerra foi apresentado neste dezembro pelo Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã (IRGC), o Hadid-110, também chamado de “Dalaho”, um drone kamikaze com propulsão a jato e impulsor de combustível sólido.
O armamento foi projetado para ser mais furtivo do que drones tradicionais, com uma estrutura airframe e redução de assinatura de radar, a fim de facilitar sua penetração em defesas antiaéreas inimigas.
De acordo com portais especializados, o Hadid-110 pode alcançar uma velocidade máxima de até 510 km/h, com alcance de 50 km e um teto operacional de até 9.114 metros de altura.
Ele tem suporte para cargas bélicas de até 30 kg e autonomia operacional de uma hora em missões. A primeira aparição do drone foi registrada durante o exercício internacional Sahand-2025, realizado no Irã com a presença de países aliados da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), segundo o Tehran Times, já em sua forma operacional.
Antes disso, segundo o jornal, o Hadid-110 havia sido apresentado no ano passado “durante uma reunião entre o Líder da Revolução Islâmica e um grupo de cientistas, autoridades e especialistas da indústria de defesa”, embora ainda em fase de protótipo.
O Irã ocupa, hoje, a 16ª posição no ranking global de poderio militar para 2025, de acordo com o Global Firepower Index. Com pontuação de 0,3048 no Power Index score (que mede o poder armado em ordem decrescente, ou seja, com maiores níveis de poder se aproximando de 0,000), o país tem mais de 610 mil militares ativos e um dos maiores arsenais bélicos do Oriente Médio, estimado em cerca de três mil mísseis balísticos.
É também o arsenal mais diversificado entre seus vizinhos, com mísseis de cruzeiro capazes de atingir o sudeste europeu, de acordo com projeções do Projeto de Ameaça de Mísseis do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).
O orçamento de defesa do país foi de cerca de 7,4 bilhões de dólares em 2022 e 2023, e o governo sinalizou o plano de aumentar seus investimentos militares em quase 200% após o ataque de Israel à região em outubro de 2024.
O Irã tem investido na doutrina da guerra de drones (drone-centric warfare), marcada por drones furtivos com grande poder de ataque e projetados para operar de maneira incontestável no espaço aéreo. O portfólio iraniano envolve tanto sistemas complexos quanto plataformas descartáveis e reutilizáveis, segundo o portal Army Recognition.
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