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Prefeito de Centro Novo do Maranhão é novamente preso transportando ouro e minério de origem ilegal | Luís Pablo | Blog sobre política, com crítica da mídia e informação alternativaLuís Pablo

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Prefeito Júnior Garimpeiro, de Centro Novo do MA

O prefeito reeleito de Centro Novo do Maranhão, Júnior Garimpeiro (PSDB), voltou a ser alvo de autoridades de outro estado ao ser preso na manhã desta quarta-feira (13) durante uma ação de fiscalização da Polícia Militar de Mato Grosso, na rodovia MT-430, no município de Confresa. A abordagem revelou que o gestor transportava ouro e minérios com fortes indícios de terem sido extraídos ilegalmente.

Segundo os policiais que participaram da operação, dentro do veículo conduzido pelo prefeito havia sacos contendo material terroso semelhante a minério, além de fragmentos amarelados que aparentavam ser ouro. Um detector de metais utilizado pelos agentes reforçou a suspeita de que a carga pudesse conter substâncias minerais de alto valor comercial e sem comprovação legal de origem.

Também foram apreendidos aparelhos de GPS de alta precisão, rádios comunicadores, agendas com anotações relacionadas à atividade garimpeira, celulares, notas fiscais e invólucros com material metálico. Entre os documentos recolhidos, chamaram atenção listas e papéis escritos em idioma indígena, o que, segundo os agentes, pode sugerir atuação em área de restrição ambiental e de proteção originária — circunstância que agrava a possível prática criminosa.

Júnior Garimpeiro, que obteve 6.830 votos nas eleições municipais de 2024, garantindo 67,85% dos votos válidos, já havia sido preso anteriormente pelo mesmo tipo de ocorrência. Em 2021, ele foi apontado em uma investigação da Polícia Federal como um dos envolvidos na abertura de mais de 60 mil hectares de garimpos irregulares na região de Centro Novo do Maranhão, com uso de substâncias tóxicas e devastação ambiental em larga escala.

O novo episódio reacende o debate sobre a reiterada presença do prefeito em situações ligadas à exploração mineral clandestina, um setor historicamente marcado por danos ambientais, conflito fundiário, pressão sobre territórios indígenas e movimentação econômica sem controle fiscal. A prisão ocorrida em Mato Grosso tende a gerar repercussões também no Maranhão, onde o gestor comandava o município pela segunda vez.

As autoridades continuam analisando o material apreendido para determinar a origem exata do minério e verificar eventual ligação com garimpos clandestinos em regiões indígenas ou de proteção ambiental. O desdobramento do caso deve envolver diferentes órgãos de controle ambiental e de segurança pública, já que a suspeita envolve transporte interestadual de minério sem regularização.

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