GUILHERME MARTINS
REDAÇÃO G5
O Ministério Público de Goiás (MPGO) emitiu uma recomendação para o afastamento imediato da secretária municipal de Saúde de Morrinhos, Náryma Angélica Rabello e Silva Diedam. A medida foi tomada após a identificação de graves irregularidades na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal, que podem configurar crimes contra a administração pública e contra a saúde coletiva.
Uma vistoria detalhada realizada na unidade hospitalar revelou um cenário preocupante de má gestão e risco à saúde dos pacientes. Entre as falhas críticas encontradas, destacam-se:
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Medicamentos Vencidos: Identificação de remédios com prazo de validade expirado sendo administrados a pacientes.
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Insumos Reutilizados: Material hospitalar sendo reutilizado e lacrado de forma inadequada, utilizando fita adesiva.
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Falhas Documentais: Ausência de documentos obrigatórios para o funcionamento da unidade.
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Condutas Degradantes: Registro de procedimentos e condutas consideradas degradantes com pacientes internados.
Crise e paralisação de leitos
Em razão da extrema gravidade das falhas constatadas, o funcionamento da UTI está suspenso desde o dia 17 de outubro. A paralisação resultou na indisponibilidade dos dez leitos intensivos, deixando a população de Morrinhos sem atendimento de alta complexidade e gerando um claro desperdício de recursos públicos.
Segundo apurações, a crise foi agravada pela falta de repasse financeiro. A Prefeitura teria deixado de repassar R$ 440 mil mensais à empresa responsável pela gestão da unidade, o que contribuiu diretamente para a interrupção dos serviços.
Nomeações políticas no centro do problema
O Ministério Público destacou que a crise na saúde teve seu início após o atual prefeito, Mayellyn Carreiro, assumir o cargo e realizar uma série de nomeações de cunho político, incluindo a da secretária Náryma Angélica.
O MP entende que o afastamento imediato da secretária é necessário para garantir a lisura das investigações e permitir a adoção de medidas urgentes para restabelecer o atendimento à população e evitar a continuidade dos crimes contra a saúde.
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