Agiota Pacovan e o filho Pacovanzinho
Procurado pelo site do Luís Pablo, Josival Júnior, filho de Josival Cavalcanti da Silva, mais conhecido como ‘Pacovan’, afirmou que não realiza agiotagem, mas admitiu estar cobrando “empréstimos antigos” deixados pelo pai. A declaração reacende o debate sobre a continuidade da estrutura financeira que marcou a atuação de Pacovan no Maranhão, apontado como um dos maiores agiotas do estado.
Durante anos, Pacovan construiu um dos maiores e mais comentados esquemas de empréstimos informais, acumulando influência política, territorial e financeira. Seu nome esteve ligado a operações policiais, apreensões milionárias e ao submundo das cobranças duras. Mesmo após sua morte, a estrutura deixada por ele continuou sendo alvo constante de comentários nos bastidores da segurança pública.
A reportagem procurou Josivaldo Júnior, agora conhecido no meio como “Pacovanzinho”, após receber informações de que ele teria assumido parte da engrenagem financeira deixada pelo pai, mantendo cobranças, recebimentos e responsabilidades vinculadas a antigas dívidas. Questionado, ele confirmou que assumiu “algumas coisas” de Pacovan e detalhou que se tratam de “alguns recebimentos”.
Ao ser perguntado pela reportagem se havia mantido o modelo de operação do pai — amplamente associado à agiotagem — Pacovanzinho afirmou que não. Segundo ele, sua participação se limita a cobranças referentes a “empréstimos antigos”, negando qualquer atuação atual no setor: “Hoje em dia não emprestamos”, disse.
A confirmação de que ele conduz cobranças vinculadas aos empréstimos feitos por Pacovan, no entanto, demonstra que parte das operações financeiras herdadas permanece ativa, ainda que sob a justificativa de apenas finalizar pendências antigas. A declaração de Pacovanzinho joga luz sobre a existência de um processo de transição e administração de dívidas que sobreviveram ao pai e que continuam sendo conduzidas.
O site do Luís Pablo segue apurando sobre a continuidade dessa rede de cobranças e dívidas deixadas por Pacovan e a suposta ligação de um construtor que vem sendo a ponte da família desde quando o agiota foi executado em maio do ano passado.
