O ex-jogador, ex-técnico e professor, José de Ribamar Silva Miranda, mais conhecido como Professor Miranda ou “Gafanha”, divulgou carta aberta defendendo a valorização, transparência e legalidade das ações voltadas para o basquete do Maranhão.
Professor Miranda, na condição de candidato a presidente da Federação Maranhense de Basquetebol (FMB) para o quadriênio 2026/29, encabeça a chapa “Tudo Pelo Basquete”.
A eleição, que está marcada para acontecer na segunda-feira, 15, foi judicializada e denunciada ao Ministério Público objetivando não apenas zelar pelo bom e correto funcionamento da entidade, mas também visando garantir a lisura do processo eleitoral.
“É de conhecimento público e amplamente comentado no meio esportivo que a atual gestão da FMB não tem conseguido atender plenamente às expectativas da comunidade esportiva, havendo fortes indícios de falhas administrativas, ausência de transparência, fragilidades na governança e na prestação de contas, bem como um distanciamento preocupante das bases do esporte maranhense. Diante desse cenário, a iminente eleição para a Presidência da Federação Maranhense de Basquetebol representa uma oportunidade histórica de reconstrução institucional”, pontou “Gafanha”.
Abaixo, confira o documento na íntegra:
CARTA ABERTA AO ESPORTE MARANHENSE – Pela Transparência, Legalidade e Valorização do Basquete no Maranhão
O esporte maranhense, em especial o basquetebol, vive um momento decisivo de sua história institucional. As federações esportivas, como entidades privadas de interesse público, exercem papel fundamental no desenvolvimento do esporte, na formação de atletas, na valorização de técnicos, árbitros e dirigentes, bem como na correta aplicação dos recursos que lhes são confiados.
A Federação Maranhense de Basquetebol (FMB), enquanto entidade máxima da modalidade no Estado do Maranhão, deve pautar sua atuação pelos princípios da legalidade, moralidade, transparência, eficiência, democracia interna e responsabilidade social, conforme orienta a legislação esportiva brasileira, notadamente a Lei Pelé (Lei nº 9.615/1998), o Estatuto do Torcedor, as normas das entidades nacionais e internacionais de regência do basquete, além dos seus próprios estatutos.
Entretanto, é de conhecimento público e amplamente comentado no meio esportivo que a atual gestão da FMB não tem conseguido atender plenamente às expectativas da comunidade esportiva, havendo fortes indícios de falhas administrativas, ausência de transparência, fragilidades na governança e na prestação de contas, bem como um distanciamento preocupante das bases do esporte maranhense.
Diante desse cenário, a iminente eleição para a Presidência da Federação Maranhense de Basquetebol representa uma oportunidade histórica de reconstrução institucional.
É nesse contexto que o senhor José de Ribamar Silva Miranda apresenta sua candidatura, com o compromisso público de reerguer a FMB, restaurar sua credibilidade e elevar o basketball maranhense a um patamar de destaque no cenário nacional, por meio de uma gestão técnica, ética, participativa e profissionalizada.
A proposta que se apresenta não é apenas de alternância de poder, mas de mudança de paradigma: sair de uma administração personalista e opaca para um modelo de governança esportiva moderna, alinhada às boas práticas exigidas pelas entidades esportivas nacionais, pelos órgãos de controle e, sobretudo, pela sociedade.
O basquetebol maranhense precisa voltar a ser protagonista, oferecendo oportunidades reais para atletas, técnicos, árbitros e clubes, fortalecendo suas competições, valorizando a formação de base e recuperando o respeito institucional perdido ao longo do tempo.
Esta Carta Aberta é, portanto, um chamado à reflexão, à responsabilidade e à união de todos que amam o esporte no Maranhão.
O futuro da FMB deve ser construído com transparência, diálogo e compromisso com o interesse coletivo, e não com práticas que enfraquecem a entidade e comprometem o desenvolvimento do basquete estadual.
Que esta eleição seja marcada pela consciência democrática, pelo respeito às regras estatutárias e pela escolha de um projeto que realmente represente a renovação, a legalidade e o fortalecimento do esporte maranhense.
ROL DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O FORTALECIMENTO DA FMB 1. Reestruturação Jurídico-Estatutária Revisão e atualização do Estatuto da FMB, alinhando-o à Lei Pelé e às normas da CBB e da FIBA; Criação de regimentos internos claros para eleições, competições e funcionamento dos órgãos da federação; Implantação de código de ética e de conduta para dirigentes, atletas, árbitros e técnicos. 2. Governança e Transparência Publicação periódica de relatórios financeiros e de gestão no site oficial da FMB; Implantação de mecanismos de compliance e controle interno; Prestação de contas anual com auditoria independente; Criação de um conselho fiscal atuante e tecnicamente qualificado. 3. Profissionalização da Gestão Separação clara entre funções políticas e funções administrativas; Contratação ou designação de gestores com formação técnica em administração esportiva; Capacitação contínua da equipe administrativa e dos dirigentes. 4. Fortalecimento das Competições Calendário anual de competições estaduais organizado e divulgado com antecedência; Regulamentos técnicos claros e estáveis; Incentivo à participação de clubes do interior, promovendo a descentralização do esporte. 5. Desenvolvimento da Base e Formação Programas permanentes de incentivo ao basketball escolar e universitário; Parcerias com escolas, universidades e projetos sociais; Criação de centros de desenvolvimento regional de atletas. 6. Valorização de Árbitros e Técnicos Programas de capacitação e certificação; Pagamentos em dia e critérios objetivos de designação; Criação de comissões técnicas independentes. 7. Captação de Recursos e Sustentabilidade Elaboração de projetos para captação via leis de incentivo ao esporte; Parcerias com iniciativa privada e poder público; Plano de sustentabilidade financeira da federação. 8. Participação Democrática e Diálogo Criação de fóruns periódicos com clubes, atletas e demais atores do basquete; Estabelecimento de canais institucionais de escuta e participação; Garantia de eleições transparentes e democráticas.
