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Putin telefona a Maduro e manifesta apoio ao líder venezuelano face às pressões dos EUA

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Vladimir Putin telefonou ao seu homólogo venezuelano, Nicolas Maduro, para manifestar o seu apoio no meio das tensões políticas com os Estados Unidos e da atribuição do Prémio Nobel da Paz à líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado.

“O presidente russo expressou a sua solidariedade para com o povo venezuelano e reafirmou o seu apoio às políticas do governo de Maduro, destinadas a proteger os interesses nacionais e a soberania face à crescente pressão externa”, refere o comunicado divulgado pelo Kremlin.

É a primeira conversa entre os dois líderes desde que as relações entre Caracas e Washington sofreram uma reviravolta drástica.

Aumenta a pressão internacional sobre Maduro

Em Oslo, María Corina Machado reapareceu perante o público na quinta-feira, defendendo a luta pela democracia na Venezuela. A líder da oposição venezuelana apelou ao apoio internacional para privar o governo de Nicolás Maduro de recursos.

Segundo Corina Machado, ao executivo venezuelano “a única coisa que lhe resta é a repressão e o terror” para conter as exigências de “milhões” de cidadãos.

A galardoada com o Nobel da Paz também confirmou que Washington lhe deu apoio para deixar a Venezuela rumo a Oslo, embora tenha evitado dar mais pormenores. “Dei a informação que podia dar sobre se recebemos apoio dos EUA para que eu pudesse chegar a Oslo, e a resposta é sim”, afirmou.

O líder da oposição venezuelana também argumentou que “a guerra que Maduro declarou contra todos os venezuelanos trouxe dor e destruição”, acrescentando que “nunca vimos nada assim contra pessoas inocentes na história do nosso país”. As ações da administração norte-americana foram decisivas para enfraquecer o regime, que “começa agora a compreender que isto é grave”, afirmou.

O primeiro-ministro norueguês congratulou-se com a chegada de María Corina Machado, após dias de rumores sobre o seu paradeiro. Store apelou à “mudança” política na Venezuela e pediu respeito pelo Estado de direito, incluindo as regras que regem as eleições presidenciais de 2024, descrevendo o governo do país como “um regime autoritário que trava uma guerra contra o seu próprio povo”, sublinhando que “não pode haver paz sem democracia”.

Venezuela acusa TPI por ataques nas Caraíbas

O parlamento da Venezuela aprovou na quinta-feira a retirada do país do Estatuto de Roma, o tratado que criou o Tribunal Penal Internacional (TPI), argumentando que a instituição actua com parcialidade e “vassalagem” a interesses políticos externos.

A decisão surge pouco tempo depois de Caracas ter acusado o TPI de não se pronunciar sobre o que descreveu como “massacres”, numa referência aos bombardeamentos americanos de barcos no Mar das Caraíbas por suspeita de tráfico de droga.

A retirada surge também no meio de tensões entre Caracas e o TPI relativamente a uma investigação em curso sobre alegadas violações dos direitos humanos no país e ao encerramento do gabinete do tribunal em Caracas por falta de cooperação, de acordo com o próprio tribunal.

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