A edição número 14 da Revista Liberta está liberada hoje para assinantes, mas também os não-assinantes poderão ter acesso a parte do conteúdo da publicação. O principal tema é a reflexão sobre qual caminho a direita vai seguir nas próximas eleições.
Divididos, sem definir nome para concorrer à Presidência e com várias crises nos estados para resolver, os direitistas vão chegar a 2026 em posição bem menos cômoda do que planejavam.
Os cientistas políticos Antonio Sérgio Fernandes e Ana Prestes tratam do assunto.
A seguir, um trecho do artigo de Ana Prestes, “Bolsonarismo e Centrão: as duas cabeças do monstro que assombra o Brasil”:
“(…) Hoje, essa união segue assombrando e impedindo avanços democráticos no Brasil, mas já aparecem fissuras importantes. A prisão e a inelegibilidade de Bolsonaro, a queda de mobilização do bolsonarismo nas ruas e o desgaste político do núcleo mais radical enfraqueceram sua capacidade de liderança.
No Centrão, cresce a desconfiança de manter laços com um movimento que perdeu força e já não oferece garantias eleitorais como em outros tempos. Somam-se a isso disputas internas pela herança do capital político da extrema direita e divergências entre pragmatismo fisiológico e radicalização ideológica, fatores que fragmentam o bloco conservador.
Assim como o cão bicéfalo de Gerião, que protege um poder monstruoso mas não conduz o rebanho, a aliança entre bolsonaristas e Centrão tornou-se um instrumento de vigilância e contenção, não de projeto. Continua operante, mas fragilizada, reativa e sem um rumo aparentemente comum. Seu único consenso é impedir que os “trabalhos de Hércules” da vida real, como as reformas democráticas, o fim da escala 6×1, a garantia de uma legislação de proteção ambiental, o combate à corrupção e os grandes projetos de infraestrutura e logística que o país precisa avancem (…)”
Outro destaque da revista são os artigos de Fernanda Melchiona e Manoela Miklos sobre o domínio dos homens na política, que permite a eles decidir temas fundamentais para as vidas das mulheres, e a coluna de Luís Costa Pinto, desta vez em formato de literatura de cordel.
Além disso, a Revista Liberta tem artigos de Jamil Chade, Leonardo Boff, Marcia Tiburi, João Cézar de Castro Rocha, o grupo de humor Sensacionalista, as frases da semana, a foto da semana e uma charge de Caio Gomez.
Tudo embalado em mais uma capa genial de Aroeira.
