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Rifado por Ciro Nogueira (PP-PI), que vetou o apoio do PP à sua candidatura ao governo do Paraná – levando uma ala do Centrão no mesmo caminho -, Sergio Moro (União-PR) deu uma entrevista ao jornal O Globo em tom de súplica dirigida ao colega de Senado e um dos principais atores dos bastidores da política fisiológica.
ENTENDA: Sergio Moro está sem partido no Paraná para se candidatar a governador
“No Paraná, havia um acordo prévio do PP de que haveria o apoio à minha candidatura. A gente espera que seja cumprido. Sempre se diz lá que o PP cumpre acordos. Eles não têm candidato competitivo para apresentar. E lidero as pesquisas até com certa folga”, disse o ex-juiz da Lava Jato demonstrando desconhecer completamente os próprios aliados.
Na semana passada, Nogueira foi enfático ao dizer que Moro não terá o apoio do PP, implodindo a federação com o União, comandado por Antônio Rueda, no Paraná.
“Participei da deliberação, e o PP no Paraná não vai homologar o nome do candidato Moro. Precisamos dialogar isso com a federação. Esse é o estado mais importante para mim, o nosso principal diretório, e o único onde ainda há discussão”, afirmou o pepista.
Nogueira deu a declaração sem ao menos ter um candidato no Estado, considerado “importante” para ele. O senador piauiense cogita lançar a ex-governadora Cida Borghetti (PP), mas já sinalizou que deve apoiar o nome indicado pelo atual governador, Ratinho Jr. (PSD), que sequer lançou pré-candidato.
Na entrevista ao jornal O Globo, Moro disse ter sido “surpreendido pelos termos” da recusa de Nogueira. “Sabia que tinha divergências pontuais, mas nada que pudesse impedir ou dificultar nesse nível”.
Em seguida, cogitou sua atuação frente à Lava Jato. “Respeito que poderia ter um óbice nesse sentido, mas não vejo uma relação de causa e efeito, porque os personagens são outros”.
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