O ex-número 1 do mundo e podcaster, Andy Roddick, realizou uma edição especial do ‘Quick Served’ para falar sobre o rompimento da parceria dos espanhóis Carlos Alcaraz e Juan Carlos Ferrero e também analisou a possibildade de Carlos seguir apenas com Samuel López em sua equipe.
“O momento é estranho. Normalmente, não se faz uma mudança no dia 17 de dezembro. Se não fosse uma reação a um evento ou circunstância atual, então a decisão seria tomada em novembro, depois das Finais da ATP ou até mesmo antes, quando algo novo seria implementado”, iniciou sua análise o americano que venceu seu único título do Grand Slam, US Open 2003, justamente diante de Ferrero, que na semifinal daquela edição bateu Andre Agassi e assumiu a liderança do ranking mundial pela primeira vez.
Na sequência, Roddick pontua que o comunicado de Ferrero deixa claro como as coisas ocorreram: “Dizer “Gostaria de poder continuar” é uma declaração muito deliberada para mim. É difícil que seja mal interpretada, e eu não quero ser a pessoa que tenta fazer tempestade em copo d’água, mas se eu tivesse ido e não estivesse muito feliz com isso, provavelmente teria dito algo assim”.
Roddick destaca que a relação entre os dois não era uma tradicional relação entre treinador e jogador. “É muito diferente também dessas relações de ‘super treinadores e super jogadores’ como Noka (Djokovic) x (Boris) Becker ou (Roger) Federer x quem tenha sido, (Stefan) Edberg, ou mesmo (Ivan) Lendl x (Andy) Murray… JC (Ferrero) é o único que desenvolveu o jogador, o pegou com 13 ou 14 anos, no juvenil e passou por dois anos onde ninguém estava assistindo para o lugar no top 100, top 30, número 1, campeão de Slam. Ele pegou uma esperança e entregou o que se esperava. Isso é muito diferente”, ressalta.
Mais adiante, Roddick discute o quanto Alcaraz terá de equilíbrio e personalidade de aceitar que Samuel López que impunha as coisas, em especial o que ele não quer ouvir. “Não é desmerecendo a capacidade do Samuel López, ele treinou um cara como Carreño, ele já vem trabalhando com Carlos. A questão é que naquele momento de conflito que López terá de dizer os fatos a Alcaraz, ele vai ouvir? Porque JC poderia apenas dizer: ‘Vem cá, eu também fui número 1 do mundo, eu conheço isso aqui a fundo, mais que você’ e ele tem essa posição para dizer mesmo a Alcaraz, então isso pode vir a ser um problema”, reflete.
Confira na íntegra a edição do Quick Served.
