Motoristas e cobradores que trabalham em 15 linhas da empresa 1001, que opera no sistema de transporte coletivo de São Luís, suspenderam as atividades nas primeiras horas desta quarta-feira, 24, véspera de Natal.
De acordo com informações do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão (STTREMA), a paralisação deve-se ao não pagamento do 13º salário e de valores referentes ao ticket alimentação.
A paralisação atinge os bairros da Ribeira, Viola Kiola, Vila Itamar, Tibiri, Cohatrac, Parque Jair, Parque Vitória, Alto do Turu, Vila Lobão, Vila Isabel Cafeteira, Vila Esperança, Pedra Caída, Recanto Verde, Forquilha e Ipem Turu.
Ontem, em nota divulgada nas redes sociais, a entidade que representa os trabalhadores alertou sobre a possibilidade de paralisação.
Além da 1001, o comunicado informava que a paralisação poderia atingir coletivos da Expresso Grapiúna Ltda, Expresso Rei de França Itda e Expresso Solemar Ltda.
“Caso os pagamentos não sejam realizados até o fim desta terça-feira (23), nas primeiras horas de quarta-feira (24), os rodoviários das empresas 1001, GRAPIÚNA, EXPRESSO REI DE FRANÇA e SOLEMAR irão cruzar os braços. Ressaltamos que também foram encaminhados ofícios aos órgãos competentes, sendo eles: Superintendência Regional do Trabalho (SRT), Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), Secretaria de Estado de Transporte (SET) e à Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB). Todos já estão notificados e cientes, e o sindicato aguarda o cumprimento dos prazos. A medida pode ser adotada devido aos recorrentes atrasos salariais e, principalmente, ao não pagamento do décimo terceiro, que até o momento, nenhuma parcela foi paga, prejudicando seriamente os trabalhadores. O Sindicato dos Rodoviários do Maranhão reforça que permanece aberto ao diálogo e espera que as empresas cumpram com suas responsabilidades, evitando a paralisação”, disse o Sindicato.
Até o momento, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET), que representa a classe empresarial, e a Prefeitura de São Luís, responsável pela gestão do contrato do transporte coletivo urbano, não se posicionaram sobre a paralisação.
Em dois meses, vale relembrar, esta é a terceira paralisação patrocinada pelos rodoviários cobrando o pagamento de salários e outros benefícios atrasados.
O empresariado, nas oportunidades, justificou o não pagamento devido ao atraso no repasse do subsídio por parte da gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD).
