A Ucrânia relatou ataques “massivos” contra suas instalações de energia e a capital na manhã de terça-feira, enquanto os militares russos relataram uma das operações de bombardeio mais “prolongadas” contra Kiev na região de Krasnodar e outra em Rostov, que deixou uma pessoa morta.
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“Um ataque combinado massivo do inimigo contra instalações de infraestrutura energética está em andamento”, publicou o Ministério da Energia da Ucrânia na plataforma de mensagens Telegram.
“Os trabalhadores do setor de energia começarão a avaliar as consequências e a realizar trabalhos de restauração assim que a situação de segurança permitir”, acrescentou.
Jornalistas da AFP ouviram fortes explosões na capital e viram pessoas correndo para abrigos enquanto sirenes de ataque aéreo soavam.
“O inimigo está atacando massivamente a região de Kiev com mísseis e drones”, disse Mykola Kalashnik, chefe da administração militar regional. Ele acrescentou que uma menina de 14 anos ficou ferida e foi levada para tratamento médico.
As autoridades ucranianas relataram incêndios em dois prédios residenciais em decorrência do ataque.
Do outro lado da fronteira, na região de Krasnodar, as forças russas disseram que seis pessoas ficaram feridas quando fragmentos de drones abatidos causaram danos e incêndios durante um ataque ucraniano noturno, também descrito como “massivo”.
“Durante a noite, a região de Krasnodar sofreu um dos ataques mais longos e massivos do regime de Kiev”, publicou o governador Veniamin Kondratiev no Telegram.
“Seis moradores da região ficaram feridos e pelo menos 20 casas em cinco municípios foram danificadas”, complementou.
Na região de Rostov, na Rússia, uma pessoa morreu e três ficaram feridas em um ataque aéreo na manhã de terça-feira no porto de Taganrog, segundo o prefeito.
Desde o início da invasão da Ucrânia em 2022, a Rússia vem atacando o país quase diariamente com drones e mísseis. Kiev, por sua vez, ataca regularmente depósitos de petróleo, refinarias e outras instalações em território russo.
A infraestrutura energética é o principal alvo de Moscou, aumentando os temores de um inverno rigoroso na Ucrânia.
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