Sandrão expõe bastidores de namoro com Suzane Richthofen em Tremembé e admite ter sentido medo de Elize Matsunaga; assista

Logo no início da conversa, Cabrini abordou a identidade de gênero de San. Apesar de já ter sido tratado por pronomes femininos e masculinos, ele afirmou preferir atualmente ser chamado no masculino e se identificar como San. Em seguida, relembrou o sequestro e assassinato do adolescente Talisson Vinícius da Silva Castro, crime que culminou em sua condenação.

Segundo o processo, San e o então namorado sequestraram o jovem de 14 anos e exigiram resgate da família. A intenção seria usar o dinheiro para viajar a Fernando de Noronha e comprar um carro. No entanto, ao reconhecer San no cativeiro, Talisson acabou morto com um tiro na cabeça, sendo abandonado em um terreno baldio.

No julgamento, San foi apontado como participante ativo do sequestro e das negociações, mas não da execução. Ainda assim, foi condenado por extorsão mediante sequestro seguido de morte. À Cabrini, ele negou ter sido responsável pela morte do jovem. “Que você extorquiu, que você sequestrou e que você matou, você tem consciência disso?”, perguntou Cabrini. “A Justiça entendeu que eu fazia parte disso, não que fui eu que fiz”, disse San.

Roberto Cabrini coloca Sandrão contra parede e pede a verdade sobre crime ‘pago’ em Tremembé

“A justiça entendeu que você extorquiu, sequestrou e matou. Você tem consciência disso?
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Ao ser questionado sobre sua eventual participação direta na execução ou ordem para matar Talisson, San reiterou: “Não. Eu não matei ele. Não, não dei [a ordem]”. Ele admite, porém, ter auxiliado no sequestro: “Eu fiz a ligação. Eu participei de algo. Eu participei de um crime”.

San também reconheceu a gravidade do caso: “Uma mãe perdeu um filho. É imensurável”. Sobre o que diria à mãe do adolescente, Mira Lutaz, de quem era próximo, ele declarou: “É difícil o que dizer. Não sei se eles queriam ouvir alguma coisa de mim. Mas a única coisa que me vem é: “me desculpa”. Por ter participado de algo que deu uma dor tão terrível a vocês e ter tirado a vida do filho de vocês. Só isso”.

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“Não sei se queriam ouvir alguma coisa. ME DESCULPA por ter participado de algo que deu uma dor tão terrível em vocês, e ter tirado a vida do filho de vocês” #DomingoEspetacular #Tremembé pic.twitter.com/3TLs1fSq7P

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Relação com Suzane e Elize

O crime levou San ao presídio de Tremembé, onde ele iniciou um relacionamento com Suzane von Richthofen, condenada pelo assassinato dos pais. San também viveu um romance com Elize Matsunaga, que matou e esquartejou o marido.

Ele contou que a aproximação com Suzane começou durante atividades internas. “A gente jogava xadrez sempre junto. Por regalia, por bom comportamento, a gente podia escutar música. E nisso a gente foi se aproximando”, relembrou. A atração foi pela beleza da colega de presídio e o primeiro beijo só ocorreu quando ficaram sozinhas: “A gente estava no trabalho e, em um momento, eu estava arrumando os equipamentos. Estávamos só nós dois, e aí rolou. A gente se olhou e se beijou”.

O relacionamento, porém, foi mantido em segredo por anos — decisão atribuída à própria Suzane devido ao receio de repercussões dentro e fora da unidade prisional. “Ela não queria, de forma alguma. (…) Era um risco grande. Ia sair na mídia: ‘Suzane von Richthofen foi pega com uma sapatão e foi pro castigo’”, afirmou San. Apesar das tensões, não houve retaliação: “Eu não fui punida. Ela também não. Quando ela decidiu ficar comigo mesmo, já era autorizado”.

San também comentou a importância da relação e negou ter sido manipulado por Richthofen. “A gente viveu uma história, e para mim foi bom. Acredito que tenha sido [pra ela também]. Ninguém sorria assim à toa. Se em algum momento houve alguma manipulação, como dizem, eu não vejo. Mas se houve, beleza, tranquilo. O tempo que eu tive com ela, eu fui feliz”, refletiu.

Sobre a intensidade do romance, completou: “Foi um relacionamento intenso que começou em 2009. Eu acho que uma máscara não dura 24 horas por dia. Então, acredito que, em algum momento, Suzane também deve ter se apaixonado por mim. A gente ia começar do zero, montar uma oficina para ela. Pode ser que em algum momento ela seja fria e manipuladora, mas eu enxergava ela como a Suzane… Ela disse que se arrependia [do que tinha feito], que sofria com isso, que nada deveria ter sido como foi. Eu acho que ela amava a mãe de verdade”.

Sandrão relembra primeiro beijo em Suzane von Richthofen em #Tremembé: ‘Eu fui feliz’

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“Se eu ficasse focado nisso EU IA FICAR PARANOICO. Ela se arrependia, sofria com isso. ELA AMAVA A MÃE DE VERDADE” #DomingoEspetacular pic.twitter.com/YlOkO3ByOk

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Durante uma pausa com Suzane, San se envolveu com Matsunaga. Segundo ele, a relação começou a partir de uma amizade profunda, mas evoluiu para algo maior. “Eu e a Elize ficamos muito amigos, amigos de verdade. Cresceu de uma amizade e, de repente, a gente passou a se olhar diferente”, recordou.

O romance foi diferente da relação com Suzane, com quem San chegou a se casar. “Com a Suzane foi algo intenso, uma coisa que perdurou. Era algo que nunca tinha fim, sempre deixava uma reticência, sabe? Com a Elize, nós nos tornamos bons amigos na época”, pontuou. San revelou, ainda, que Suzane não se dava bem com Elize e chegou a sentir ciúmes da aproximação entre eles.

Ele também comentou que a relação com Matsunaga era marcada por receio: “Se você se envolve com uma pessoa e sabe que ela pode ‘estourar’ em algum momento, você fica com receio. Você não vai dar mancada com essa pessoa. Então é melhor terminar para não correr risco, né? (…) Eu pensava: se eu der mancada com ela, estou ferrado”.

Durante entrevista exclusiva ao #DomingoEspetacular, Sandrão falou sobre a relação com Elize Matsunaga, a mulher que assassinou e esquartejou o marido.

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Reação à série

Ainda na entrevista, San falou sobre “Tremembé”, nova série do Prime Video, baseada em obras de Ullisses Campbell e nos crimes cometidos por outros detentos como Suzane, Elize e os irmãos Cravinhos. Ele criticou duramente sua representação na produção e negou ter sido líder de facção dentro do presídio: “É mentira. Eu não fui líder de nada. Fizeram uma ficção baseada na minha vida real”.

San também explicou que “Sandrão” era um personagem criado especificamente para sobreviver à rotina carcerária: “A Sandra sempre foi uma pessoa família, buscou estar perto das pessoas que me amam, que eu tenho respeito, admiração. E o Sandrão é uma questão criada dentro da unidade prisional”.

O advogado de San, José Roberto Rodrigues, afirmou que vai entrar com pedido para retirar a série do ar. “Estamos pedindo para suspender a série porque ela distorce a verdade dos fatos. A verdade é que Sandra Regina participou, é ligada ao resultado morte, mas a sua participação foi a ligação. Ela ligou. Foi provado no processo que ela estava em lugar diverso. Quando a séria traz ela em uma cena colocando o jovem ajoelhado, isso agravou a penalidade”, concluiu.

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