Os servidores da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) envolvidos na denúncia de adulteração de dados no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) serão ouvidos pela Justiça na próxima quarta-feira, 29 de outubro.
De acordo com o Ministério Público do Maranhão (MPMA), os três servidores são acusados de inserir informações falsas no sistema com o objetivo de vincular indevidamente o nome de Marcus Brandão, irmão do governador Carlos Brandão (PSB), à empresa Vigas Engenharia Ltda., contratada pelo Estado.
A suposta fraude teria sido utilizada posteriormente em uma petição apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), numa tentativa de gerar suspeitas de favorecimento ilícito na administração pública estadual.
Segundo a denúncia apresentada pelo MPMA, os investigados são Webston Carlos Inojosa Neves, analista de Tecnologia da Informação e apontado como chefe do setor de suporte e gestor do SEI na Sinfra à época; Gilberto Pereira Martins, servidor público que teria utilizado o usuário falso para movimentar processos referentes à empresa Vigas Engenharia; e Carlos Augusto Silva, agente administrativo concursado, que também teria participado da associação indevida do nome de Marcus Brandão à empresa citada.
Os três respondem agora como réus por peculato digital, crime previsto para quem altera dados em sistema público com o intuito de causar dano ou obter vantagem indevida. A pena pode chegar a 12 anos de reclusão.
O caso ganhou destaque após a descoberta de que os dados manipulados foram usados em documentos apresentados à Justiça, numa tentativa de comprometer a imagem do irmão do governador e
