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Silvinei levava carta na qual dizia não ver nem escutar ao ser preso no Paraguai

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Por Lucas Marchesini

(Folhapress) — O ex-diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques levava uma carta ao ser preso, em que dizia não escutar ou enxergar e que iria para El Salvador para um tratamento médico.  A informação foi revelada pelo portal UOL e confirmada pela Folha. Procurada, a defesa de Vasques não comentou.

De acordo com o documento, Vasques — que usava um passaporte falso ao embarcar — teria um câncer no cérebro que o impediria de falar, ouvir e ver. Dizia que só poderia se comunicar por escrito.
O documento afirmava que um tratamento médico em Foz do Iguaçu tinha tido como efeitos colaterais a cegueira e a surdez do ex-diretor da PRF. O passaporte paraguaio que ele portava estava em nome de Julio Eduardo.

Silvinei foi preso nesta sexta-feira (26) no Paraguai tentando fugir do Brasil. Ele estava no aeroporto de Assunção e tentava embarcar em voo para El Salvador.

A Polícia Federal detectou uma falha no monitoramento da tornozeleira eletrônica de Silvinei às 3h do dia 25 de dezembro. Segundo relatos dos agentes, naquele horário o equipamento parou de transmitir o sinal de GPS.

A primeira equipe acionada para verificar a perda de sinal da tornozeleira foi a Polícia Penal de Santa Catarina, por volta das 20h desta quinta (25). Silvinei já não estava em seu apartamento, no município de São José.

Por volta das 23h, uma equipe da Superintendência Regional da Polícia Federal em Santa Catarina esteve no local para apurar um possível descumprimento das medidas restritivas.

Silvinei teria usado um carro alugado para sair do prédio em que morava, em Santa Catarina, em direção ao Paraguai. Horas antes de romper a tornozeleira, o ex-diretor da PRF organizou seus pertences. Vestindo calça de moletom, camiseta e um boné, ele levou até o veículo bolsas, tapetes higiênicos para cachorros e um pitbull.

A PF informou os principais passos da tentativa de fuga ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que decretou prisão preventiva. Silvinei foi condenado neste mês a 24 anos e seis meses de prisão pela Primeira Turma doSTF pela participação em um dos núcleos da trama golpista do governo Jair Bolsonaro (PL).



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