As autoridades do Paraguai estão avaliando a “expulsão sumária” de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), após sua prisão na manhã de sexta (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção.
Ele tentou fugir do Brasil utilizando um passaporte falso, com destino final a El Salvador. A prisão ocorreu depois de ele ter rompido sua tornozeleira eletrônica e saído do país sem autorização judicial. A Polícia Federal foi acionada assim que o equipamento foi violado.
Agentes da corporação fizeram diligência no endereço de Silvinei e descobriram que ele deixou o prédio na noite de 24 de dezembro com um carro alugado carregado com bolsas, objetos pessoais e um cachorro. O imóvel estava trancado no momento da verificação.
O Paraguai se prontificou a colaborar na detenção e possível expulsão do ex-diretor da PRF. De acordo com fontes da diplomacia brasileira ouvidas pelo Metrópoles, a entrega de Silvinei às autoridades brasileiras ocorrerá na Tríplice Fronteira, mas a decisão sobre sua expulsão ainda está sendo discutida pelas autoridades paraguaias.
Silvinei, que morava em Santa Catarina, estava cumprindo medidas restritivas desde agosto do ano passado, com o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de deixar o país. Sua fuga, contudo, revelou que ele tentou escapar das penas de sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que o sentenciou a 24 anos e 6 meses de prisão por envolvimento na trama golpist.
O ex-diretor da PRF foi condenado por integrar o “núcleo 2” da tentativa de golpe, responsável por ações para dificultar o voto de eleitores em regiões favoráveis a Lula.
Ainda há discussões em andamento sobre os trâmites legais e administrativos da expulsão de Silvinei. O ex-diretor da PRF será provavelmente entregue às autoridades brasileiras, onde ele deverá cumprir sua pena.
