O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso nesta sexta-feira, 26, ao tentar embarcar no Paraguai. Para tentar enganar as autoridades e fugir para El Salvador, Vasques apresentou um passaporte e uma identidade paraguaia falsos em nome de Julio Eduardo.
A farsa foi descoberta por agentes de imigração paraguaios, que notaram que as impressões digitais e a numeração dos documentos não correspondiam ao passageiro. Pressionado durante a abordagem, o ex-diretor acabou confessando que a documentação era fraudulenta.
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Silvinei tentou fugir com documentos paraguaios
Fuga após romper tornozeleira eletrônica
A tentativa de deixar a América do Sul ocorreu após Silvinei romper a tornozeleira eletrônica em Santa Catarina. O descumprimento da medida cautelar fez com que as autoridades brasileiras emitissem um alerta imediato para países vizinhos como Paraguai, Argentina e Colômbia.
A expectativa é que o ex-diretor seja expulso do Paraguai e entregue à Polícia Federal brasileira pela Ponte da Amizade, na fronteira entre Cidade do Leste e Foz do Iguaçu (PR). O esquema de transferência ainda terá detalhes de data e horário confirmados.
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Condenação de 24 anos e trama golpista
A tentativa de fuga acontece no rastro de sua recente condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Silvinei recebeu pena de 24 anos e 6 meses de prisão por:
- Tentativa de golpe de Estado: Atuação no chamado “núcleo operacional” para reverter o resultado das eleições de 2022.
- Obstrução de votos: Uso da estrutura da PRF para realizar operações ilegais no dia do segundo turno, especialmente no Nordeste, visando dificultar o acesso de eleitores às urnas.
Cargo público e exoneração recente
Até o início de dezembro, Vasques ocupava o cargo de Secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação em São José (SC). Ele pediu exoneração no mesmo dia em que a sentença do STF foi publicada, momento em que iniciou os preparativos para a fuga frustrada em solo paraguaio.
Além da pena de reclusão, ele acumula condenações por improbidade administrativa e uso político da PRF, que incluem multas superiores a R$ 500 mil e a perda de direitos políticos.
