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A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil mensais representa um dos maiores avanços recentes para aposentados e pensionistas do país. A medida, aprovada pelo Congresso, deve beneficiar mais de 3,4 milhões de segurados do INSS, segundo levantamentos recentes, aliviando o orçamento de quem já enfrenta despesas elevadas com saúde, alimentação, medicamentos e cuidados pessoais.
Para Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical – Sindnapi, a mudança corrige uma distorção histórica. Há anos a entidade reivindica que o Imposto de Renda acompanhe a realidade econômica dos idosos, principalmente em um cenário de aumento do custo de vida e defasagem dos reajustes previdenciários.
O presidente do Sindnapi, Milton Cavalo, avalia que a ampliação da isenção representa um alívio imediato para quem vive da aposentadoria: “O aposentado não pode continuar pagando a conta de tudo. O aumento da isenção era uma reivindicação antiga do movimento sindical e das entidades de aposentados. Essa mudança significa mais comida na mesa, mais condições de comprar remédios e mais dignidade. É uma vitória esperada há muito tempo.”
Ele reforça que o peso do Imposto de Renda vinha comprometendo seriamente o orçamento de muitos idosos. “A maioria dos aposentados ganha muito menos do que precisa para viver com conforto e segurança. Cobrar imposto dessas pessoas era penalizá-las duas vezes: pelo baixo valor dos benefícios e pela falta de reajustes compatíveis com a inflação real do idoso.”
Quem será beneficiado – Serão contemplados com a nova faixa de isenção todos os aposentados, pensionistas e trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais. No caso dos aposentados do INSS, os dados mostram que:
· Mais de 3,4 milhões ficarão totalmente isentos;
· Outros 7,3 milhões terão redução significativa na cobrança do imposto;
· Em 2026, cerca de 39 milhões de benefícios poderão ser pagos já com a regra incorporada.
· Alívio em um cenário de alta nos gastos dos idosos
O Sindnapi lembra que os aposentados enfrentam uma combinação de fatores que pressiona o orçamento familiar, tais como despesas com saúde crescem acima da inflação; medicamentos representam parte importante da renda mensal; planos de saúde estão mais caros; muitos idosos são responsáveis pelo sustento familiar.
Milton Cavalo reforça que a medida não resolve todos os problemas, mas é um passo importante: “É uma conquista, mas continuamos lutando por políticas públicas que garantam qualidade de vida ao idoso. O Brasil precisa enxergar que envelhecer com dignidade é um direito, não um privilégio.”
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