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A safra de soja do Rio Grande do Sul na temporada 2025/26 tem desenvolvimento vegetativo “de satisfatório a muito bom”, em momento em que o Estado entra na reta final do processo de plantio, afirmou a Emater em relatório semanal na quinta-feira.
O Rio Grande do Sul está entre os maiores produtores de soja do Brasil, ficando atrás de Mato Grosso, e disputa com Paraná e Goiás o segundo lugar em 2025/26, dependendo das condições climáticas.
“Apesar de períodos pontuais de restrição hídrica durante a segunda quinzena de novembro, especialmente em áreas semeadas mais precocemente, as chuvas subsequentes permitiram a retomada do crescimento vegetativo, o bom estabelecimento inicial das lavouras e a formação dos estandes”, afirmou a Emater, órgão de assistência técnica vinculado ao governo gaúcho.
A Emater manteve no relatório a sua estimativa de produtividade média, vista em 3.180 kg/ha, o que representaria um salto na comparação com os 2.009 kg/ha da safra passada, afetada pelo clima seco.
A projeção indica que a colheita de soja do Estado poderá atingir 21,44 milhões de toneladas, alta de 57,14% em relação à temporada passada, se o clima continuar favorável, segundo a Emater.
Até quinta-feira, produtores tinham semeado 92% da área estimada em 6,74 milhões de hectares.
A maior parte das lavouras semeadas está em germinação/desenvolvimento vegetativo, em um percentual de 98% da área plantada, segundo a Emater.
O Estado gaúcho é aquele que planta de forma mais tardia no Brasil, enquanto algumas áreas pontuais do Paraná e Mato Grosso já iniciam os trabalhos de colheita, que devem se intensificar em janeiro.
Na safra passada, o Brasil alcançou um recorde de produção, de 171,5 milhões de toneladas, apesar da quebra no Rio Grande do Sul. Uma boa colheita gaúcha tende a ampliar ainda mais a oferta em 2025/26 no país, maior produtor e exportador de soja.
A estatal Conab projeta a colheita nacional em mais de 177 milhões de toneladas em 2025/26.
