‘Sou mais quieta e discreta’

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— Foi muito especial todo o nosso tempo de preparação. A ida a Goiás foi muito interessante para a construção do universo da personagem e para entrar em contato com a cultura do Centro-Oeste. Tem sido muito rico de todos os lados. É uma dinâmica que eu já conheço, mas essa personagem é uma experiência nova por ela ser vilã e por ser um universo que eu ainda não tinha explorado, que é Goiânia e essa cultura do sertanejo tão profunda. Tem sido muito bom e estou me divertindo muito com ela.

Treze anos depois de “Cheias de charme”, ela volta a trabalhar com o diretor Carlos Araújo e cita semelhanças entre as duas novelas:

— Algumas gravações no palco têm bastante semelhança. O Carlinhos já conhece bastante a dinâmica e temos revivido um pouco a época das Empreguetes, apesar de que agora tem muita coisa da internet e a minha personagem é uma influencer.

Ela conta uma curiosidade do novo papel:

— A gente grava muita coisa no formato da internet, vertical, porque ela está sempre no universo do TikTok, das danças e das trends. Então tenho um coreógrafo comigo o tempo todo, e estamos sempre criando dancinhas para as músicas da novela e também brincando com algumas que já existem.

Diferente da personagem de “Coração Acelerado”, Isabelle costuma ser discreta nas redes sociais sobre a vida pessoal e diz não se importar com opiniões a seu respeito na internet:

— Eu me acostumei um pouco com essa coisa de as pessoas acompanharem a minha vida. Mas eu não fico vendo muito, não. Eu não sou de ficar muito ligada no que as pessoas comentam. Não sou de ficar procurando o que estão falando de mim. Eu acho que já basta o que chega até mim.

A atriz de 31 anos, com 25 de carreira, é da mesma geração de outros grandes nomes como Bruna Marquezine e Marina Ruy Barbosa. Ela comenta sobre a comparação entre elas, principalmente em relação à presença nas redes sociais:

— Acho que a minha personalidade é mais quieta. Eu sou mais quieta. Gosto de me expressar por arte. Mas também gosto de moda. Me relaciono bastante com isso e de uns anos para cá eu fiquei mais ativa nisso. Eu gosto de passear por universos artísticos em geral. Mas eu realmente sou mais discreta, sempre fui, acho que a minha família também.

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Durante o período que ficou sem fazer novelas, Isabelle investiu em projetos pessoais atrás das câmeras, como o filme que produziu e dirigiu sobre a história da primeira mulher a usar biquíni no Brasil. Ela afirma que tirar esse tempo foi importante:

— Dos 14 anos em diante, eu fiquei fazendo novela uma atrás da outra. Eu vivi muito dentro. Num determinado momento eu tive que entender qual era a minha vida fora dos personagens, sabe? Como é que eu era. Então eu tomei esse tempo. Eu acho que é importante para a gente saber quem a gente é e o que a gente quer. O trabalho traz muita identidade para a gente, a profissão. Mas precisamos saber quem a gente é além disso. Eu tento fazer isso sempre.