A prisão de Cristiano Rodrigues Kellermann, de 43 anos, na terça-feira, 16 de dezembro, marcou o fim doloroso de uma saga que se arrastava há quase duas décadas e que expôs um lado vulnerável da vida sob os holofotes. Ele foi detido em flagrante no condomínio de luxo onde a atriz Isis Valverde vive com o marido, o empresário Marcus Buaiz, no bairro do Joá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, após insistir em entrar no local sem autorização.
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que conduziu a operação com o apoio da Delegacia Antissequestro (DAS), Kellermann confessou em depoimento que vinha perseguindo a estrela há mais de 20 anos, em diferentes estados do Brasil.
Ele chegou a tentar encontrar Isis em São Paulo, no início do ano, chegando ao ponto de se dirigir ao endereço que a atriz havia marcado em redes sociais como local de trabalho, sem sucesso. Quando não a encontrou, seguiu para o Rio de Janeiro e usa nomes falsos para tentar entrar no condomínio, chegando a afirmar ser parente dela para contornar a portaria.
Obsessão além dos limites
O comportamento invasivo, segundo a investigação, não se limitou a rondar o condomínio da artista. Em diversas ocasiões, o perseguidor tentou contato direto com Isis, entrando no residencial e, em um episódio, enviou bombons com um bilhete de amor e seu número de telefone para a atriz — uma tentativa de aproximação que aumentou o receio da família e levou à intervenção policial.
Em um dos aspectos mais surpreendentes da investigação, Kellermann revelou aos agentes que havia contratado um detetive particular para obter informações pessoais da atriz, incluindo telefone e endereço, numa escalada que demonstrou o nível de obsessão.
O delegado responsável considerou as atitudes como parte de um padrão reiterado de perseguição, que, no Brasil, é definido como crime de stalking e pode acarretar pena de prisão devido à repetição e à ameaça à liberdade e à segurança da vítima.
A reação de Isis Valverde e as medidas judiciais
Após ser informada da prisão, Isis Valverde divulgou uma nota por meio de sua assessoria, agradecendo às autoridades pela pronta atuação policial e ressaltando que a segurança da sua família é prioridade.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro converteu a prisão em preventiva, entendimento que considerou que, se solto, Kellermann poderia retomar sua perseguição imediatamente, representando risco contínuo para a atriz e seu entorno.
- ísis valverde
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