A Polícia Civil do Maranhão investiga a morte de Babidi, apontado como principal suspeito de assassinar a influenciadora digital trans Grampola, morta a facadas em 12 de setembro, em São Luís. Ele foi executado a tiros na noite desta terça-feira (25), no Residencial Ribeira, mesmo bairro onde a influenciadora vivia.
Segundo a polícia, Babidi já estava na mira das autoridades havia vários dias. Contra ele, havia um pedido de prisão preventiva, ainda não autorizado pela Justiça, por seu suposto envolvimento direto no homicídio de Grampola. A investigação aponta que ele teria fugido do local do crime logo após esfaquear a vítima.
Linha de investigação
A Polícia Civil apura se a morte de Babidi foi um ato de retaliação motivado pela comoção gerada pelo assassinato da influenciadora ou se há ligação com facções criminosas que atuam na capital. Até agora, ninguém foi preso.
O caso adiciona novos desdobramentos ao inquérito sobre a morte de Grampola e pode alterar a condução das investigações. A Superintendência de Homicídios segue ouvindo testemunhas e coletando informações no local da execução.
Quem era Grampola
Grampola — nome social de Inaldo Henrique Silva Belchior, de 41 anos — era uma influenciadora trans conhecida em todo o Maranhão como “Rainha dos Áudios”, apelido conquistado pelos conteúdos humorísticos que viralizavam em redes sociais e aplicativos de mensagens.
Ela começou sua trajetória no bairro da Liberdade, mas morava há alguns anos no Residencial Ribeira, onde também ocorreu sua morte. A influenciadora foi assassinada justamente no dia do seu aniversário, aumentando ainda mais a comoção nas redes sociais e na comunidade LGBTQIA+.
O assassinato de Grampola
De acordo com testemunhas, Grampola foi vista na madrugada do dia 12 pedindo socorro na rua, com múltiplas perfurações por faca. Ela chegou a ser socorrida e encaminhada para a UPA do bairro, mas não resistiu aos ferimentos.
O crime permanece sem motivação esclarecida, e a polícia segue investigando todas as possibilidades, incluindo violência de gênero, retaliação e envolvimento com grupos criminosos.
