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Tensão na Venezuela leva Lula a fazer pedido a Celso Amorim; saiba qual

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O presidente Lula (PT) e seu assessor especial para Assuntos Internacionais, Celso Amorim. Foto: Reprodução

O presidente Lula (PT) orientou o assessor especial Celso Amorim a evitar deslocamentos longos neste período de fim de ano. A recomendação, segundo relatos de auxiliares, está ligada à avaliação do governo de que a escalada de tensão entre Venezuela e Estados Unidos pode, em um cenário extremo, evoluir para uma ação militar em terra, conforme informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

De acordo com interlocutores, Lula justificou a cautela ao afirmar: “Precisamos estar preparados para caso o pior aconteça”. Diante desse diagnóstico, equipes do alto escalão do Itamaraty e do Palácio do Planalto atuarão em regime de revezamento durante o período festivo, enquanto assessores diretos do presidente permanecerão de prontidão.

Tentativa de mediação com os Estados Unidos

Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, tratou do tema em conversas com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. A tentativa foi recolocar a Venezuela no centro das discussões e reforçar o pleito para que o Brasil atue como intermediador diplomático. O governo Trump, no entanto, demonstrou resistência à proposta.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. Foto: Reprodução

A preocupação do Planalto aumentou após a intensificação de exercícios militares na região e de declarações públicas mais duras de autoridades norte-americanas contra o regime de Nicolás Maduro. Na avaliação do governo brasileiro, qualquer movimento mais agressivo teria impacto direto sobre a estabilidade regional, com efeitos colaterais imediatos na fronteira norte do Brasil.

Tradicionalmente, o Brasil busca se posicionar como ator moderador em crises sul-americanas, apostando no diálogo e na preservação de canais institucionais. Essa linha tem orientado a leitura do Planalto diante do atual cenário de tensão envolvendo Caracas e Washington.

Operações militares e reação venezuelana

Desde setembro, os Estados Unidos ampliaram operações no Caribe e no Pacífico Oriental contra embarcações que, segundo Washington, estariam ligadas ao narcotráfico. Essas ações já resultaram na morte de mais de 100 pessoas, incluindo pescadores locais.

Em resposta, o governo venezuelano classificou o contexto como uma “campanha de agressão”, apontando os efeitos combinados das sanções e das operações militares no país.

A escalada ganhou novo capítulo em 16 de dezembro, quando Trump anunciou um bloqueio formal a petroleiros que operam em rotas relacionadas à Venezuela, em uma medida voltada a aumentar a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro.

Donald Trump e Nicolás Maduro. Foto: Reprodução



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