O terceiro episódio do documentário “Das Cinzas ao Fogo”, que mostra a construção e apogeu da temporada histórica do Botafogo de 2024, trouxe uma cena marcante, em que Tiquinho Soares, hoje no Santos, se emociona ao rever o gol que marcou na vitória sobre o Palmeiras, no primeiro turno do Campeonato Brasileiro daquele ano.
Naquele jogo que ficou conhecido pelo grito de gol mais alto da história do Estádio Nilton Santos, o Botafogo venceu o Palmeiras por 1 a 0, exorcizando os fantasmas do ano anterior. Um mês depois, o Glorioso ainda eliminaria o rival nas oitavas de final da Libertadores, com um fim dramático e épico no Allianz Parque.
– Eu me emociono porque talvez foi o gol mais importante que eu fiz no Botafogo. Eu já fiz outros gols, mas esse, por toda a circunstância de 23, pela homenagem que o Botafogo fez para o meu pai… – iniciou Tiquinho, que conta uma passagem com o técnico Artur Jorge:
– O Artur Jorge é foda da cabeça, tá? O bicho é embaçado. Eu me lembro que esse jogo aí ele me colocou de 10: “Para defender, você vai ter que pegar o número 5 deles [Aníbal Moreno].” Mano, e o cara correu o jogo todo e eu aqui correndo, correndo, correndo. Eu não tocava na bola direito, só correndo atrás do cara. Aí ele diz: “Mas em uma bola, você vai escapar e vai sobrar a bola.” Eu disse: “Tá bom.” De repente, contra-ataque, roubada de bola, lança para o Luiz. O Luiz, balança, balança, a bola vem voltando. Eu vi a trave desse tamanho assim, bicho. Mano, fiz o gol e foi uma das sensações mais incríveis que eu tive no Botafogo. Esse gol contra o Palmeiras acho que talvez foi o gol mais foda da minha carreira.
O centroavante deixou o Botafogo depois da temporada de 2024, mas se lembra com carinho das festas que o torcedor alvinegro fez para ele, com o hit “Tiquinho Soares é foda”.
– Foi uma das atmosferas mais feras que era quando eu fazia um gol e a torcida cantava. Me arrepia da cabeça aos pés – confidenciou.
VÍDEO | Veja o terceiro episódio da série ‘Das Cinzas ao Fogo’:
