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Tiro que atingiu sala da UFRJ passou próximo de rosto de aluna, relata colega

by admin

Alunos do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) relatam os momentos de pânico depois que um projétil atingiu uma das salas de aula nesta quarta-feira. Desde o início da manhã a Polícia Civil faz uma operação contra uma das facções que atuam no Complexo da Maré, próximo à Ilha do Fundão onde fica prédios da UFRJ. Ao GLOBO um dos alunos da faculdade contou que estava na sala atingida pelo projétil. O tiro estilhaçou o vidro e passou próximo ao rosto de uma aluna, que não ficou ferida.
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— A gente havia acabado de fazer prova de cálculo. Ao sair, ouvimos uma saraivada de tiros e o barulho de helicópteros. Começamos a receber ligações de amigos perguntando o que estava acontecendo. Era muito tiro. Agora estamos presos aqui na UFRJ. Porque as vias estão fechadas. Não sei que horas vamos conseguir ir embora. Tem alunos da tarde que tiveram a prova suspensa. É muito triste esta situação. Nossa sala tem de 35 a 50 alunos. A gente fica assustado ao passar por uma situação desta — descreve outro estudante do curso de matemática, que estava na sala ao lado da atingida pelo título.
Devido à operação, UFRJ suspendeu as aulas nesta quarta-feira. Alunos da universidade contam que os problemas causados por tiroteios são recorrentes.
— No dia da megaoperação nos Complexos da Penha e do Alemão também ouvimos disparos. Hoje já liguei para casa para tranquilizar todo mundo e avisar tudo bem — conta outro aluno que cursa Matemática.
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Meninos de 12 anos foi baleado na escola
Um aluno do 6º ano da Escola Municipal Hélio Smidt, foi ferido por uma bala enquanto estava no pátio da unidade, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. O menino, de 12 anos, foi atingido durante um intenso tiroteio registrado no fim da manhã desta quarta-feira. Ele foi atendido pela equipe da escola e levado à Clínica da Família da Maré, onde recebeu um primeiro atendimento e o projétil foi removido. Uma ambulância foi acionada para transferir o estudante para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, onde se encontra sob os cuidados médicos. O aluno foi baleado na perna esquerda e não corre risco de vida.
Devido ao tiroteio, a ambulância precisou aguardar para acessar a região da Maré e também teve dificuldade para sair da Clínica da Família onde o aluno estava para poder levá-lo ao hospital. A situação ainda é tensa na região, razão pela qual os alunos das escolas da região permanecem dentro das unidades aguardando a estabilização da segurança no território.
De acordo com a Polícia Civil, a força obteve informações de inteligência que indicaram a movimentação de narcotraficantes fortemente armados no Complexo da Maré, preparados para invadir uma comunidade rival. Para “evitar um confronto que poderia fazer diversas vítimas inocentes”, policiais civis da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizam, neste momento, uma operação na região. A ação está em andamento.

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