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A partida entre Avaí e Remo, disputada no estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC), no sábado (15), contou com um episódio de racismo e xenofobia nas arquibancadas contra torcedores da equipe paraense.
Durante o jogo válido pela 37ª rodada da Série B, uma torcedora foi flagrada desferindo ataques ofensivos contra a torcida rival. “O que tem no Pará? Seu feio. O prefeito não quer pobre aqui em Floripa. Olha sua cor. Gastou o salário para vir, vai embora a pé. Pobre aqui não fica”, diz a torcedora, acompanhada de outras pessoas que também xingam os adversários. “Vieram de jegue”, diz um deles.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) afirma ter instaurado um procedimento administrativo pela 29ª Promotoria de Justiça da Capital, além de ter expedido ofício à Polícia Militar e ao Avaí, segundo informações do site G1.
Clubes se posicionam
Em nota, o Avaí afirmou reiterar “seu posicionamento de repúdio inequívoco e total à conduta racista e xenófoba manifestada por uma torcedora durante a partida entre Avaí x Remo”.
O clube afirma ter iniciado o processo de identificação da pessoa responsável. “Estamos em total colaboração com as autoridades competentes para que as investigações sejam concluídas e as sanções legais, aplicadas. Após a identificação, a torcedora terá seu acesso aos eventos do clube, como jogos e atividades, imediatamente suspenso por tempo indeterminado”, diz a nota.
“O Avaí não se exime de sua responsabilidade social. Reafirmamos nosso compromisso de promover ações e campanhas educativas para combater o racismo e todas as formas de discriminação. É nosso dever usar o alcance do futebol para construir uma sociedade mais justa e igualitária.”
Também em nota, o Remo se manifestou sobre o episódio. “Esse ato repugnante é uma clara manifestação de racismo e intolerância, e não pode ficar impune. O Clube do Remo não tolera qualquer forma de discriminação ou preconceito e exige a punição dos envolvidos”, diz o texto.
“O racismo e a xenofobia são crimes e precisam de uma resposta à altura da gravidade dos fatos ocorridos. É preciso, ainda, reiterar o compromisso do Clube na luta contra qualquer tipo de discriminação, sendo tais condutas incompatíveis com os valores e história do clube que se orgulha de representar a região norte e, principalmente, o estado do Pará”, pontua o clube. “A intolerância e o preconceito precisam ser combatidos, seja no esporte ou em qualquer lugar na sociedade.”
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