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Trump diz que acordo para venda da Warner deveria incluir CNN e chama canal de TV de ‘desonesto’

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O presidente Donald Trump sinalizou que vai se opor a um acordo da Warner Bros. Discovery que não inclua um novo dono para a CNN, um potencial obstáculo para a oferta da Netflix.

— Acho que qualquer acordo deveria, deveria ser garantido e certo que a CNN faça parte dele ou seja vendida separadamente — disse Trump durante uma reunião com líderes empresariais na quarta-feira, na Casa Branca.

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— Não acho que as pessoas que estão dirigindo aquela empresa agora e dirigindo a CNN, que é um grupo de pessoas muito desonesto, devam continuar. Acho que a CNN deveria ser vendida junto com todo o resto — acrescentou o presidente dos Estados Unidos.

Trump disse que sua principal preocupação é que a atual gestão da emissora possa ser recompensada ao continuar operando “com dinheiro” de uma venda. A Warner Bros. é alvo de ofertas concorrentes da Netflix e da Paramount Skydance.

A Netflix concordou em comprar os estúdios de TV e cinema da Warner Bros. e sua divisão HBO em um acordo avaliado em US$ 27,75 por ação. A Warner Bros. planeja separar seus canais de televisão a cabo, incluindo a CNN, antes de concluir a transação com a Netflix.

O spin-off está programado para o terceiro trimestre do próximo ano, com o diretor financeiro da Warner Bros., Gunnar Wiedenfels, indicado para liderar o novo negócio.

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Três dias depois de a Warner Bros. Discovery ter anunciado que aceitou a proposta de compra da Netflix, a Paramount apresentou uma oferta hostil, segundo a qual está tentando comprar toda a Warner Bros., incluindo redes de TV a cabo como a CNN, por US$ 30 por ação.

Plataformas de streaming — Foto: Criação O Globo

Hollywood e Washington vêm acompanhando de perto os comentários do presidente sobre os possíveis acordos. O pai do CEO da Paramount Skydance, David Ellison, o bilionário do setor de software Larry Ellison, é apoiador de Trump.

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O Wall Street Journal informou que David Ellison prometeu a Trump mudanças profundas na CNN — que há muito tempo é alvo de reclamações do presidente — caso ele assumisse o controle da empresa-mãe da emissora. O genro de Trump, Jared Kushner, também tem participado da estruturação do financiamento para a oferta concorrente de Ellison.

Ellison enviou uma carta na quarta-feira aos investidores da Warner Bros. argumentando que sua proposta oferece melhor valor e maior chance de aprovação regulatória. Ele os instou a apoiar sua oferta pública de compra das ações.

Trump também se reuniu com o co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, sobre o acordo e não manifestou publicamente preferência por nenhuma das propostas. O presidente republicano evitou responder uma pergunta sobre o envolvimento de Kushner na quarta-feira, mas indicou que pode eventualmente intervir na revisão regulatória.

— Provavelmente estarei envolvido, talvez envolvido na decisão. Depende. Há algumas boas empresas fazendo propostas — afirmou Trump.

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