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TSE julga cassação de Wellington e Fernando Braide

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TSE inicia julgamento que pode cassar Wellington do Curso e Fernando Braide por fraude à cota de gênero nas eleições de 2022.

BRASÍLIA – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou, nesta sexta-feira (5), o julgamento que pode mudar a composição da Assembleia Legislativa do Maranhão. Os deputados estaduais Wellington do Curso e Fernando Braide recorrem contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA), que cassou seus mandatos por suposta fraude à cota de gênero nas eleições de 2022.

O caso está sob relatoria do ministro André Mendonça e será analisado no Plenário Virtual até o dia 12 de dezembro.

Por que os parlamentares foram cassados?

O TRE-MA entendeu que o PSC, partido pelo qual ambos foram eleitos, teria lançado candidaturas femininas fictícias — as chamadas candidaturas laranja — apenas para cumprir o percentual mínimo de participação de mulheres exigido por lei.

A corte estadual concluiu que algumas candidatas não fizeram campanha real, não receberam votos proporcionais à disputa e apresentaram indicadores que sugerem irregularidade.

Com isso, o TRE determinou:

  • Anulação de todos os votos do PSC no pleito de deputado estadual em 2022;
  • Cassação dos diplomas e mandatos de Wellington do Curso e Fernando Braide.

O que o TSE está avaliando agora

O Tribunal Superior Eleitoral analisa se:

  1. Mantém a cassação, confirmando que houve fraude e anulando definitivamente os votos;
  2. Reverte a decisão, permitindo que os parlamentares sigam no cargo;
  3. Determine novas diligências, caso identifique falhas processuais.

Uma eventual confirmação da cassação obrigaria o TSE a recalcular o quociente eleitoral, podendo alterar a formação da Assembleia Legislativa.

Quem são os envolvidos diretamente no processo

Além dos deputados, o julgamento envolve:

  • PSC (Partido Social Cristão) – legenda pela qual os parlamentares concorreram;
  • Candidatas apontadas como fictícias;
  • Advogados de defesa, que negam irregularidades.

As defesas sustentam que as candidatas participaram da campanha e que não houve intenção de fraudar a lei eleitoral.

Por que o julgamento demorou a ocorrer

O caso deveria ter sido julgado em agosto, mas:

  • As defesas pediram destaque, para que o processo fosse analisado presencialmente;
  • Depois, solicitaram novo adiamento, que foi negado pelo relator.

Com isso, o julgamento só retornou à pauta agora, em dezembro.

Outros casos semelhantes no Maranhão

Este não é o único processo sobre cota de gênero no estado. O Podemos também foi alvo de ação semelhante, mas o TRE-MA absolveu a legenda por unanimidade. O PSD, por sua vez, tem caso pendente no TSE, ainda sem data de julgamento.

Por que esse julgamento é importante

O caso se tornou referência para o país, porque o TSE tem atuado com rigor para coibir fraudes na cota de gênero — uma política criada para ampliar a participação feminina na política.

A decisão pode:

  • Influenciar futuras interpretações da legislação eleitoral;
  • Consolidar o entendimento sobre fraude em candidaturas femininas;
  • Definir precedentes para casos em outros estados.

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