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Varejo Tem Alta de 0,4% em Outubro, Aponta Índice Stone

by admin

Rachel Wisniewski/Reuters

Quase todos os segmentos analisados tiveram alta em outubro

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O varejo brasileiro teve alta de 0,4% em outubro mostrando que o panorama geral ainda é de desaceleração da atividade econômica, aponta o Índice do Varejo Stone (IVS), divulgado nesta quinta-feira (13). Em relação ao mesmo período do ano anterior houve queda de 1,5%.

O estudo aponta que quase todos os segmentos analisados tiveram alta em outubro. Os setores que mais subiram foram o de tecidos, vestuário e calçados, com alta de 1,2%, seguido por outros artigos de uso pessoal e doméstico, com 1,1%, livros, jornais, revistas e papelaria (0,5%), artigos farmacêuticos (0,2%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%).

“Apesar da leve alta nas vendas de outubro, o varejo segue operando em ritmo moderado. O consumo continua sustentado principalmente pelo mercado de trabalho aquecido, com desemprego historicamente baixo e massa de rendimentos elevada”, diz Guilherme Freitas, economista e cientista de dados da Stone.

Três segmentos registraram queda. O nicho de combustíveis e lubrificantes recuou 2,3%, enquanto o setor de móveis e eletrodomésticos teve baixa de 0,5%. Já material de construção regrediu 0,4%.

De acordo com Freitas, fatores como o endividamento recorde das famílias, o alto comprometimento da renda com dívidas e uma inflação ainda resistente, seguem limitando uma recuperação mais firme. “O resultado do mês reforça essa dinâmica: o setor mostra resiliência, mas ainda abaixo do patamar observado em 2024”, afirma o especialista.

Acumulado do ano

No comparativo anual, o nicho de livros, jornais, revistas e papelaria; e artigos farmacêuticos foram os únicos que registraram altas, com 0,9% e 0,5%, respectivamente.

 

Entre os resultados negativos, o segmento de móveis e eletrodomésticos, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou a maior queda anual, com retração de 2,5%, seguido pelo setor de combustíveis e lubrificantes, que acumulou baixa de 2,2%. Depois vieram material de construção (1,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,5%) e tecidos, vestuário e calçados (0,3%).

No recorte regional, apenas seis estados apresentaram resultado positivo no comparativo anual, liderados por Amapá, com alta de 4,2%, seguido por Espírito Santo (2,7%), Sergipe (0,3%), Ceará (0,2%), Goiás e Mato Grosso (0,1%).

Já o Rondônia apresentou a maior queda, com 8,6%, seguido por Rio Grande do Sul (4,7%), Santa Catarina (3,6%), Mato Grosso do Sul (3,4%), Rio Grande do Norte (3,2%), Tocantins (3,1%), Amazonas e Pernambuco (3%), Distrito Federal (2,7%), Roraima (2,4%), Paraná (2%), Bahia (1,8%), Maranhão (1,7%), São Paulo (1,4%), Rio de Janeiro (1,2%), Alagoas (1,1%), Paraíba (0,5%), Pará (0,4%), Minas Gerais (0,3%), Acre e Piauí (0,2%).

O pesquisador da Stone afirma que o Norte e Nordeste foram os grandes destaques do mês. “O Centro-Oeste mostrou alguns sinais positivos impulsionado por Goiás e Mato Grosso. Já a região Sul voltou a apresentar retração generalizada, com Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná entre os estados com pior desempenho no mês. No Sudeste, apenas o Espírito Santo avançou, enquanto São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais seguiram em queda, reforçando que o consumo permanece desigual entre as regiões do país”, explica Guilherme Freitas.

 

 

 

 



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