Artigos de vestuário os itens mais lembrados
Vestuário ( 66,2%); brinquedos (27,5%); sapatos e acessórios (22,3%); produtos de cama, mesa e banho (13,7%); perfumaria (9,2%) e cesta natalina (6,5%) são as opções de consumo mais citadas pelos entrevistados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) em sua pesquisa sobre Intenção de Consumo para Natal e Ano com setecentos consumidores. Já os itens de maior valor agregado, como celulares (5,2%) e eletrodomésticos (3,3%), tiveram participação reduzida, possivelmente devido à antecipação das compras durante a Black Friday.
De acordo com o levantamento, 56,2% disseram que pretendem comprar presentes neste fim de ano, percentual que pode representar 444,9 mil pessoas, um crescimento expressivo de 144,4 mil consumidores em relação a 2024.
Apesar do cenário positivo, 13,5% dos consumidores não pretendem presentear, especialmente famílias com renda até R$ 3 mil. A pesquisa destaca ainda um espaço adicional para o varejo: 35% dos entrevistados estão indecisos. Caso parte desse público seja convertida em compradores, o Natal pode acrescentar R$ 23,1 milhões à economia local, elevando o potencial total para R$ 199,1 milhões.
Quanto à disposição de gasto médio total da compra o valor deve ser de R$ 395 e o aumento do número de consumidores que irão às compras, a movimentação financeira deve alcançar R$ 176 milhões, indicando crescimento nominal de 6% em relação ao ano passado. Considerando a inflação do período, o ganho real é de 1,4%, o que representa aumento efetivo de volume vendido no comércio da capital.
Os números consolidam o Natal como a data mais relevante para o comércio local à frente da Black Friday e do Dia das Mães, que movimentaram R$ 146,2 milhões e R$ 141 milhões no ano, respectivamente.
Cenário favorável – O presidente da Fecomércio-MA, Maurício Feijó, destaca que os dados revelam um cenário favorável ao varejo.
“O aumento do número de consumidores que irão às compras neste Natal mostra que o mercado está mais aquecido e que as famílias estão recuperando capacidade de consumo. A pesquisa de Antônio Gaspar (C) com Pedro Robson (E), da Federação das Indústrias; Maurício Feijó (com Célia), da Federação do Comércio; Celso Gonçalo, do Sebrae-MA; e Felipe Mussalém, Federação das Associações Empresariais do Maranhão (Faem)monstra crescimento da movimentação financeira e revela um consumidor mais planejado e atento a preço e promoções”, ressalta.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Fecomércio-MA em parceria com a CNC, a inadimplência se manteve em queda: as contas em atraso recuaram 18,4% e o número de famílias sem condições de pagar diminuiu 22,6%, abrindo espaço para o retorno de mais consumidores ao mercado.
O mercado de trabalho também contribui para esse movimento. De janeiro a setembro, o Maranhão abriu 24.396 novas vagas formais (+3,67%), atingindo 688.486 trabalhadores com carteira assinada. No comércio varejista de São Luís, o estoque de empregos cresceu 2,67%, totalizando 45.607 postos de trabalho. Já a taxa de desocupação estadual recuou para 6,1%, conforme a PNAD Contínua do IBGE.

