Por Brasil de Fato
As Forças Armadas da Venezuela incorporaram neste sábado (6) 5.600 soldados às suas fileiras em meio às crescentes ameaças dos Estados Unidos, que afirmaram, na semana passada, as ofensivas terrestres devem começar “muito em breve”.
Em resposta às manobras militares estadunidenses, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu o reforço do alistamento militar e a união contra o imperialismo.
Os oficiais que conduziram a cerimônia de incorporação dos soldados indicaram que os novos efetivos são “combatentes revolucionários, socialistas” e “profundamente chavistas, treinados sob o método tático de resistência revolucionária”.
“A Venezuela tem uma Força Armada, junto com o povo, unida, preparada, treinada, moralizada; sob nenhuma circunstância permitiremos a invasão de um império”, disse o coronel Gabriel Alejandro Rendón Vílchez durante o ato, realizado no Forte Tiuna, o maior complexo militar da Venezuela, em Caracas. Ele também reforçou que o número de alistamentos às forças armadas aumentou desde o início da ofensiva dos EUA.
“Nestes momentos em que o imperialismo ameaça de maneira ilegal, arbitrária, mentirosa, falsária, arrogante, nossa pátria, nosso povo, os jovens, acorrem aos milhares para integrar a Força Armada Nacional Bolivariana”, afirmou.
Tensão entre os EUA e a Venezuela
Na semana passada, Washington incluiu o suposto Cartel de los Soles na lista de organizações terroristas dos Estados Unidos e classificou o presidente venezuelano como o chefe da organização, que enviaria drogas aos Estados Unidos. A Venezuela, por sua vez, diz que o Cartel é uma “invenção dos EUA” e acusa Donald Trump de forçar uma mudança de regime na região.
As Forças Armadas venezuelanas são compostas por cerca de 200 mil efetivos, aos quais se somam outros 200 mil policiais, segundo dados oficiais. Maduro afirmou ainda que conta com cerca de oito milhões de reservistas da Milícia Nacional Bolivariana.
