Desde que o governo dos EUA revogou, na última sexta-feira (12), a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua esposa, a advogada Viviane Moraes, a extrema direita passou a lavar roupa suja nas redes sociais.
Quem inaugurou essa troca pública de acusações foi o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que criticou Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por responsabilizar a população brasileira pela revogação da Lei Magnitsky e o classificou como “uma fraude eleitoral”.
Agora foi a vez do pastor Silas Malafaia que, com seu estilo histriônico, afirmou que Jair Bolsonaro não queria que Eduardo fosse para os Estados Unidos e que o deputado decidiu deixar o Brasil por conta própria.
“Eduardo Bolsonaro foi para os EUA de vontade própria. Bolsonaro era contra, chegou até a chorar. Eu tenho relacionamento com eles, a família toda sabe. Eduardo Bolsonaro foi porque quis. Bolsonaro não queria que ele fosse”, disparou Silas Malafaia.
Em seguida, Malafaia também criticou a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República: “A direita tem muito o que aprender. É uma vergonha: lançam candidatura fora de hora, lançam candidatura sem consultar ninguém e querem que todo mundo engula. Vamos ter calma. Vamos ter estratégia política.”
Nikolas humilha Eduardo Bolsonaro: “fraude intelectual”; “narrativas infantis” e mentiroso
A ordem de Donald Trump, negociada com Lula, de decretar o fim da sanção pela Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), desencadeou uma guerra aberta pela tomada de poder na ultradireita neofascista brasileira, com protagonismo de Nikolas Ferreira (PL-MG) que impôs uma humilhação pública a Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em texto nas redes sociais na noite desta sexta-feira (13).
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Articulador da conspiração contra o Brasil com o intuito de evitar o encarceramento do pai, Jair Bolsonaro (PL), Eduardo culpou a “sociedade brasileira” e “falta de coesão interna e o insuficiente apoio às iniciativas conduzidas no exterior” pela decisão de Trump, apontando o dedo para os bolsonaristas, especialmente parlamentares, pela fracassada tentativa de levante.
“Lamentamos que a sociedade brasileira, diante da janela de oportunidade que teve em mãos, não tenha conseguido construir a unidade política necessária para enfrentar seus próprios problemas estruturais. A falta de coesão interna e o insuficiente apoio às iniciativas conduzidas no exterior contribuíram para o agravamento da situação atual”, escreveu o filho “03” de Bolsonaro em nota pública, assinada em conjunto com seu cúmplice na empreitada, o influenciador Paulo Figueiredo, neto do ditador João Baptista Figueiredo.
Horas depois, em meio ao bate-boca generalizado entre os bolsonaristas, Nikolas rebateu a nota de Eduardo, se colocando na briga para assumir o comando da horda de extremistas que ainda orbita em torno do clã Bolsonaro.
“Atribuir ao povo brasileiro ou aos parlamentares a responsabilidade por uma decisão geopolítica tomada pelos Estados Unidos não é apenas um erro de análise – é uma fraude intelectual”, iniciou o deputado mineiro, expondo as mentiras de Eduardo.
Em seguida, Nikolas ainda expõe a covardia de Eduardo, que se refugiou nos EUA, de onde dava ordens para os aliados que ficaram expostos ao embate político no Brasil.
“Trata-se de uma tentativa conveniente de simplificar um cenário complexo, deslocando injustamente a responsabilidade para quem, na prática, tem enfrentado pressões e riscos reais dentro do país”.
O deputado mineiro segue acusando Eduardo de “perversidade” por culpar os bolsonaristas que ficaram no país pelo fracasso na empreitada de sancionar Alexandre de Moraes.
“Quem acompanha minimamente a realidade sabe que há, no Brasil, gente pagando um preço alto por enfrentar a tirania instalada. Apontar o dedo para esses é mais do que injusto: é perverso. Sou testemunha do árduo trabalho dos meus colegas parlamentares na busca pela liberdade do país, contra os abusos do judiciário e do governo petista”, diz.
Nikolas impõe a humilhação final, dizendo a Eduardo que “o país não precisa de bodes expiatórios nem de narrativas infantis” e chama Eduardo de mentiroso.
“O país não precisa de bodes expiatórios nem de narrativas infantis. Precisa de lucidez, caráter e união. Dividir o povo e quem os representa é o último recurso de quem já perdeu qualquer compromisso com a verdade. Unir-se, neste momento, não é opção retórica – é condição de sobrevivência moral e política”.
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