Abel Ferreira será o técnico do Palmeiras em 2026, e ele é – talvez sempre será – o maior e mais vitorioso da história do clube, mas o momento pede reflexão. Deixando claro os pontos supracitados, é possível angular pelos últimos dois anos e entender que há um problema no auto-protagonismo que o comandante tem usado.
Seja em caráter retórico ou funcional da equipe, Abel tem vivido mergulhado em frases e atitudes que se baseiam nele, nos gostos e desgostos dele, na realidade e visão dele, deixando em segundo plano o único foco das discussões, que é a Sociedade Esportiva Palmeiras, monumental desde 1914.
Diferente do que disse Abel em sua coletiva derradeira de 2025, o Alviverde sempre foi atraente, inclusive quando passou pela Série B, e a razão é ser um dos mais importantes clubes do planeta Terra. O português erra ao se colocar na posição de benfeitor humilde que sofreu, mas que fez o favor de vir ao nosso país e ao nosso clube.
Ao contrário do que ele demonstra pensar, estar aqui não é um sacrilégio para ninguém – a verdade é que o Palmeiras não é meio, ele é fim, ele é o destino que todo esportista sonha em estar, é onde histórias se alteram, exatamente como a dele: irrelevante, sem vitórias, sem título, e hoje um treinador feito, consagrado e muitíssimo bem remunerado. O Palmeiras o fez.
Leila Pereira, a quem Abel insiste em creditar a realidade e o futuro do clube, também não se sobrepõe ao Palmeiras. Ambos, hoje vitoriosos, o são porque cruzaram seus caminhos com um clube de centenas de milhões de torcedores que o mantém, nas boas e nas más, que financiam quaisquer sonhos ou projetos.
O Palmeiras tem dono: a torcida. O Palmeiras tem amantes eternos: os seus torcedores, que nasceram assim e que vão morrer assim. Todos nós, que nos envolvemos com a SEP somos eternos devedores de sua existência. Quem não tiver ciência dos tamanhos e das importâncias serão naturalmente apagados da história.
O Maior Campeão do Brasil é intocável.
