De Euronews com AP
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, considerou produtiva a reunião de segunda-feira à noite em Bruxelas com Mark Rutte, Ursula von der Leyen e António Costa.
O líder ucraniano disse ter informado o chefe da NATO e os líderes da União Europeia sobre todos os desenvolvimentos diplomáticos, após o encontro em Londres, no mesmo dia, com o primeiro-ministro britânico, o chanceler alemão e o presidente francês.
Zelenskyy voltou a sublinhar a importância de uma paz justa, tendo ficado definido que o acordo deve especificar claramente uma data para a adesão da Ucrânia à União Europeia.
O líder ucraniano reiterou ainda que quaisquer concessões territoriais à Rússia, ponto-chave do plano de Washington para acabar com a guerra, continuam fora de questão, acrescentando que Kiev não tem nem o dever legal nem moral de ceder território à Rússia.
“Sem dúvida, a Rússia insiste para que cedamos territórios. Nós, claramente, não queremos ceder nada. É por isso que estamos a lutar”, disse Zelenskyy aos repórteres numa conversa pelo WhatsApp na segunda-feira à noite, citada pela Associated Press.
“Consideramos ceder algum território? De acordo com a lei, não temos esse direito”, afirmou. “De acordo com a lei da Ucrânia, a nossa Constituição, o direito internacional e, para ser franco, também não temos o direito moral”.
Os negociadores dos EUA e da Ucrânia concluíram no sábado três dias de conversações com o objetivo de tentar diminuir as divergências sobre a proposta de paz do governo Trump.
Um dos principais pontos de discórdia do plano é a sugestão de que Kiev deve ceder o controlo da região de Donbas, no leste da Ucrânia, à Rússia, que ocupa ilegalmente a maior parte, mas não a totalidade, do território. A Ucrânia e os seus aliados europeus têm resistido firmemente à ideia de ceder território.
De acordo com o presidente ucraniano, durante o encontro com o secretário-geral da NATO e os líderes europeus falou-se também da iniciativa de aquisição de equipamento militar essencial fabricado nos EUA e do empréstimo de reparações. A maioria dos 27 é a favor do uso de ativos russos congelados para financiar a Ucrânia, mas a Bélgica opõe-se a este plano.
