Felipe Simas reagiu à recente declaração de sua esposa sobre “orar” para ele não conseguir papéis em filmes e séries. O ator explicou a dinâmica familiar e ainda entregou a reação dos irmãos, Rodrigo Simas e Bruno Gissoni, à sua conversão.
Felipe Simas reagiu a uma declaração recente de sua esposa, que logo viralizou na web. Na ocasião, Mariana Uhlmann Simas falou que chegou a “orar” para ele não conseguir alguns papéis em filmes e séries. Em entrevista à coluna Play, do jornal O Globo, o ator explicou que tudo é conversado entre os dois antes de aceitar qualquer trabalho.
Simas e Mariana são casados há 13 anos e têm três filhos: Joaquim, de 11 anos, Maria, de 8, e Vicente, de 5. “Aqui em casa, tudo é colocado à mesa. Todas as nossas decisões são em conjunto. Ano passado, passei quase nove meses gravando fora do Rio. Então, se eu, como parceiro, não olho para ela e falo: ‘Você suporta? Posso ir?’, não faz sentido estar junto, porque a estaria sobrecarregando”, reconheceu.
“Eu só vou em paz se eu olhar e sentir que está tudo bem. Se em algum momento ela falar: ‘Não dá mais para mim’, eu não vou. A minha família vem acima do meu trabalho. Não tenha sombra de dúvida disso. Trabalhos existem muitos, família só existe uma. Eu consigo sobreviver fazendo outra coisa”, garantiu ele.
Ainda no papo, Felipe abordou sua religiosidade e revelou que os irmãos, Rodrigo Simas e Bruno Gissoni, ficaram “apavorados” quando ele decidiu se converter. “A escolha da fé continua sendo um tabu. Não tinha ninguém da nossa família que se declarava evangélico, crente. Depois de um ano que eu tive essa experiência (da conversão), estive com o Rodrigo, numa época em que não estávamos conseguindo nos encontrar com frequência, apesar de toda a nossa intimidade”, recordou Felipe.
“Ele falou que estava reconhecendo o irmão dele de 13 anos. Aquilo para mim foi a maior resposta que eu poderia ter. Eles entendem hoje que, quanto mais próximo dessa minha fé eu estou, melhor eu sou para eles também. Eu sou melhor irmão, melhor marido, melhor pai, melhor filho e melhor profissional”, avaliou.
O artista também se abriu sobre a dinâmica com os irmãos. “Temos respeito e admiração. Apesar de parecidos, somos bem diferentes, e o mercado tem espaço para os três. A gente pensa em criar um projeto para se encontrar artisticamente. Também trocamos sobre nossas influências. Aquilo que mexe conosco, fazemos questão de mostrar e perguntar o que o outro acha”, afirmou.
“Quando temos alguma cena que é importante para nós, analisamos e somos sinceros um com o outro, do tipo: ‘Cara, essa parte aqui… acho que podia ter feito assim, intensificado um pouco mais aqui ou, então, dosado, relaxado um pouco mais’. E sempre sabendo que um quer o melhor do outro”, acrescentou.
Ainda assim, Felipe disse que sua rotina com a família acaba sendo afetada, principalmente quando está fazendo alguma novela. “Eu deixo de assistir a alguns espetáculos da escola dos meus filhos, me atraso para alguns jantares e não faço as crianças dormirem muitos dias, porque estou até tarde nas gravações noturnas. Mas, como todo e qualquer outro ofício, é o que tem nos dado sustento. Então, não posso reclamar daquilo que tem nos sustentado”, ponderou.
Atuação em “Tremembé”
Recentemente, Simas estrelou a nova série do Prime Video, “Tremembé“, em que interpretou Daniel Cravinhos. No papo, ele contou como foi viver a figura envolvida no assassinato do casal Manfred e Marisia von Richthofen, pais de Suzane von Richthofen.
“‘Tremembé’ foi a cereja do bolo das dificuldades, começando pelo fato de ter sido gravada em São Paulo (ele mora no Rio). Eu não tinha muito para onde voltar. Eu ficava ali naquele mundo e nos labirintos da mente. Foi um trabalho que, apesar de não ser tão longo quanto uma novela, exigiu muito de todo mundo que participou, pela intensidade e pela história”, observou.
O ator continuou: “Quando nos deparamos com a humanidade presa, literalmente, não tem muito para onde fugir, a não ser se analisar e se reconhecer. E não por acaso o meu personagem pensou em tirar a própria vida. Se você não tiver um amor, é difícil superar uma situação dessas. No caso dele, acredito que tenha sido o amor do irmão, que é quase uma conexão de almas”.
Por fim, Felipe detalhou como foi gravar a cena do crime brutal. “O ser humano tem curiosidade pelo obscuro. A série fala daquilo que nós, ética e moralmente, nos privamos de fazer. Todos já pensamos a respeito: se não em dar cabo da vida de outra pessoa, da própria vida. Ao vivermos personagens que não tiveram a consciência de cortar esse estímulo, nos perguntamos: ‘Por quê? O que o levou a isso?’”, indagou o artista.
Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques
