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Bolsonarista Zezé Di Camargo recebeu R$ 20 milhões em verba pública só em 2025

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O cantor bolsonarista Zezé Di Camargo. Foto: Reprodução

Crítico do presidente Lula (PT), o cantor Zezé Di Camargo recebeu quase R$ 20 milhões em verbas públicas ao longo de 2025, segundo levantamento do Metrópoles com base em contratos firmados com prefeituras de diferentes regiões do país. Ao todo, os acordos somam R$ 19.679.500 em cachês pagos com recursos públicos para apresentações artísticas.

Os valores aparecem em documentos oficiais de contratações para shows realizados em festas municipais, aniversários de cidades e eventos culturais. Os contratos envolvem tanto apresentações solo de Zezé Di Camargo quanto performances ao lado de Luciano.

Os cachês variam entre R$ 350 mil e R$ 600 mil por show, pagos por administrações municipais de estados como Paraná, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Sergipe.

As contratações foram feitas por meio da empresa Classical Holding Intermediação de Negócios Ltda., que representa o cantor nos acordos com o poder público.

Entre os maiores valores identificados estão contratos de R$ 600 mil firmados pela Prefeitura de Fazenda Rio Grande (PR), além de acordos de R$ 580 mil celebrados por Ilha Solteira (SP) e Loanda (PR), e de R$ 570 mil pagos pela Prefeitura de Ubiratã (PR).

Origem dos recursos

Embora os contratos tenham sido firmados por municípios — e não diretamente pela União —, parte dos eventos contou com recursos de origem federal, inclusive via transferências e convênios. Ainda assim, nenhuma das prefeituras que contrataram Zezé Di Camargo em 2025 é comandada por prefeitos filiados ao PT.

Além disso, em 2002, a campanha de Lula pagou R$ 1,27 milhão à empresa da dupla Zezé Di Camargo & Luciano. O valor, segundo a Folha de S.Paulo, correspondeu à estrutura de 11 comícios no primeiro turno e seis no segundo, com custo de R$ 75 mil por participação.

À época, Ricardo Kotscho, integrante da campanha petista, afirmou que a atuação de artistas em comícios segue uma lógica profissional. Segundo ele, Zezé e Luciano já participaram de campanhas de diferentes partidos e, em geral, apenas se apresentam e deixam o local. No caso da campanha petista, porém, houve momentos de interação política no palco.

Ataques ao SBT

O bolsonarista virou notícia nesta semana após atacar o SBT por convidar o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para a inauguração do canal de notícias da emissora.

O cantor afirmou que as filhas de Silvio Santos estariam se “prostituindo” e rompeu com o canal, atualmente comandado por Patrícia Abravanel, Daniela Beyruti, Silvia Abravanel e Renata Abravanel. Ele também pediu que seu especial de Natal não seja exibido.

Zezé Di Camargo ao lado de Jair e Flávio Bolsonaro. Foto: Reprodução



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