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O Que Representa o Primeiro Lançamento Comercial do Brasil na Economia Espacial de US$ 1 Trilhão

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A operação foi viabilizada por meio de um edital de chamamento público lançado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) ainda em 2020

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Nesta quarta-feira, (17),  o Brasil deve romper uma barreira histórica em sua trajetória tecnológica e comercial. Às 13h, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, será  iniciada a Operação Spaceward, o primeiro lançamento de um foguete comercial em território nacional. O Hanbit-Nano, é um lançador de pequeno porte desenvolvido pela empresa sul-coreana Innospace, marcando a primeira vez que uma organização privada utiliza a infraestrutura brasileira para missões orbitais remuneradas.

A operação foi viabilizada por meio de um edital de chamamento público lançado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) ainda em 2020. O objetivo central dessa estratégia é transformar o CLA em um polo de prestação de serviços globais, aproveitando a localização privilegiada de Alcântara — situada a apenas 2° ao sul da linha do Equador. Geograficamente, essa posição permite que os foguetes aproveitem a velocidade de rotação da Terra com maior eficiência, resultando em uma economia de combustível de até 30% para atingir a órbita, o que torna o Brasil um dos destinos mais competitivos e rentáveis para empresas de satélites em todo o mundo.

O foguete Hanbit-Nano, com 21,7 metros de altura e 1,4 metro de diâmetro, transportou oito cargas úteis, totalizando 18 quilos de tecnologia de ponta. Destas, sete são de origem brasileira, desenvolvidas por um ecossistema que integra o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), universidades como a UFSC e a UFMA, e startups de deep tech como a Pion. Entre os itens levados ao espaço estão os satélites FloripaSat-2A e 2B, além de sistemas de navegação inercial, fundamentais para a autonomia tecnológica do país em setores que vão da defesa ao agronegócio.

Por trás desse lançamento, existe um imperativo econômico: a inserção do Brasil na Economia Espacial, um mercado global estimado em US$ 1 trilhão para as próximas décadas. Ao consolidar parcerias público-privadas sob a supervisão do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da FAB, o país deixa de ser apenas um executor de experimentos científicos isolados para atuar como um player logístico estratégico. A missão valida a capacidade técnica e jurídica do Brasil em hospedar lançamentos internacionais, abrindo caminho para que grandes corporações e novas potências tecnológicas vejam Alcântara como a porta de entrada mais eficiente para o espaço.

 



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